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Brazil Yearbook - 1994_ocr

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l - 116 FAUNA SILVESTRE ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- <strong>1994</strong><br />

. Caça predatória clandestina - apesar<br />

de ser proibido no Brasil o exercício da<br />

caça profissional e do comércio de<br />

espécimes da fauna silvestre, seus produtos<br />

e subprodutos, pela "Lei de Proteção à<br />

Fauna Silvestre" (lei nº 5.197, de 03 de<br />

janeiro de 1967), continua-se a praticá-la<br />

clandestinamente. O processo de<br />

extermínio é hoje mais intenso em áreas<br />

onde ainda subsistem faunas de<br />

excepcional riqueza de formas, como o<br />

Pantanal, no Estado do Mato Grosso do<br />

Sul, e a Amazônia brasileira. São áreas<br />

fronteiriças, facilitando as saídas<br />

clandestinas de peles e animais vivos para<br />

os países vizinhos. Tais fatos estão<br />

provocando reações e clamores;<br />

. Caça e pesca esportiva e de<br />

subsistência - com o aperfeiçoamento dos<br />

métodos, armas e armadilhas da era<br />

tecnológica, a caça esportiva por vezes<br />

ultrapassa os padrões racionais. Praticada<br />

sem critério, tem contribuído para que<br />

certas espécies desapareçam de regiões<br />

onde eram abundantes. Perdura até hoje<br />

o hábito de consumo de carne de caça<br />

silvestre. A pesca intensiva e desordenada<br />

também tem causado grande efeito<br />

negativo sobre algumas espécies. tanto de<br />

água doce quanto marinhas, cujas<br />

populações se tornaram rarefeitas; e<br />

. Poluição - o uso inadequado dos<br />

defensivos agrícolas, o envenenamento<br />

dos rios pelas indústrias continuam<br />

causando grandes desastres,<br />

principalmente com relação às aves,<br />

insetos, microfauna do solo e peixes,<br />

causando, inclusive, prejuízos para a saúde<br />

humana.<br />

Os Estudos no IBGE<br />

Com base nas recomendações da<br />

Conferência de 1972, em Estocolmo, e<br />

atenta para a situação em que já se<br />

encontravam os recursos faunísticos do<br />

País, e considerando, ainda, a<br />

necessidade de reunir informações sobre o<br />

tema, uma equipe de técnicos lotada no<br />

Departamento de Recursos Naturais e<br />

Estudos Ambientais - DERNA-, da<br />

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística - IBGE -, vem desenvolvendo<br />

estudos sobre a fauna brasileira, desde<br />

1973, na extinta Superintendência de<br />

Recursos Naturais e Meio Ambiente -<br />

SUPREN. A partir de então concentraram-se<br />

as reflexões sobre o assunto e em 1981 foi<br />

concebido um Sistema de Informação<br />

para onde convergiriam, entre outros,<br />

dados sobre Fauna.<br />

Apoiado na Portaria nº 3.481, de<br />

31/05/197 3, do antigo Instituto Brasileiro de<br />

Desenvolvimento Florestal - IBDF -, além de<br />

bibliografia específica, foi desenvolvido no<br />

IBGE um estudo sobre a questão do<br />

extermínio das espécies animais.<br />

Elaborou-se, então, um mapa que<br />

compõe, com outros temas, o Atlas<br />

Nacional do Brasil - obra tradicional<br />

publicada pelo IBGE. Por ocasião da<br />

realização desse estudo, concluiu-se que<br />

seriam consideradas como ameaçadas de<br />

extermínio um total de 205<br />

espécies/subespécies animais.<br />

Posteriormente, o Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente e de Recursos Naturais<br />

Renováveis - IBAMA - divulgou uma lista de<br />

207 animais em extinção, publicada<br />

através da Portaria nº 1.522 (Diário Oficial<br />

da União de 22/12/1989).<br />

Recentemente foi realizado no IBGE<br />

novo estudo sobre o tema em questão,<br />

que resultou na confecção do mapa mural<br />

"Fauna Ameaçada de Extermínio", na<br />

escala l :5 000 000. O referido mapa.<br />

elaborado a partir da relação oficial do<br />

IBAMA. bibliografia e informações obtidas<br />

junto a pesquisadores de outras instituições<br />

brasileiras, encerra 303<br />

espécies/subespécies da fauna brasileira<br />

em perigo de extermínio. Destas 303<br />

espécies/subespécies foram selecionadas<br />

24, que vêm sendo apontadas como<br />

animais em estado avançado de<br />

desaparecimento ou praticamente<br />

extintos. Especialistas e estudiosos do<br />

assunto referem-se a elas como animais<br />

"cujas populações estão diminuindo<br />

consideravelmente'', "que nunca mais<br />

foram vistos"' ou "que só ocorrem<br />

atualmente em determinado local". No<br />

Mapa 1.22, as 24 referidas<br />

espécies/subespécies estão localizadas<br />

aleatoriamente em um ponto de sua área<br />

de ocorrência; na legenda, os animais se<br />

configuram por um símbolo representativo<br />

da família em que estão inseridos e<br />

identificados por um dos seus nomes<br />

vulgares. São elas:<br />

Insetos<br />

Família Papilionidae<br />

l - Eurytides iphitas (Hübner, 1821) -<br />

borboleta<br />

Peixes<br />

Família Aplocheilidae<br />

2 - Cynolebías spp.<br />

Répteis<br />

Família Dermochelyidae<br />

3 - Dermochelys coriacea (Linnaeus, 1758) -<br />

tartaruga-de-couro<br />

Aves<br />

Família Columbidae<br />

4 - Columbina cyanopis (Pelzeln, 1870) -<br />

rolinha, pombinha, rolinha-do-planalto,<br />

rolinha-olho-azul<br />

Família Cracidae<br />

5 - Crax blumenbachii (Spix, 1825) -<br />

mutum-de-bico-vermelho<br />

6 - Crax fasciolata pinima (Pelzeln, 1870) -<br />

mutum-pinima, mutum-penacho,<br />

mutum-de-bico-amarelo<br />

7 - Mitu mitu mitu (Linnaeus, 1766) -<br />

mutum-cavalo<br />

Família Cotingidae<br />

8 - Calyptura cristata (Vieillot, 1818) -<br />

tiê-coroa<br />

Família Formicariidae<br />

9 - Myrmotherula erythronota (Hartlaub,<br />

1852) - choquinha<br />

l O - Pyriglena afro (Swainson, 1825) -<br />

papa-toca-da-bahia

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