Brazil Yearbook - 1994_ocr

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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL <strong>1994</strong> ÁREAS ESPECIAIS 1 - 123 é realizada a delimitação. Quando os limites físicos são definidos, a terra é reconhecida oficialmente através de portaria ou decreto. A demarcação é a fase seguinte, implicando a demarcação física, que muitas vezes exige ajustes no campo em relação à delimitação definida anteriormente. Essa demarcação é homologada posteriormente pela Presidência da República. A seguir, é feita a matrícula dessa terra no Serviço de Patrimônio da União que corresponde à fase da regularização. Através do cumprimento dessas fases, a terra fica legitimamente assegurada aos grupos indígenas e são reconhecidas pelas autoridades estaduais e municipais como pertencentes à União. Durante a fase de demarcação, o Órgão Fundiário Federal dará prioridade ao reassentamento de ocupantes não-índios (Art. 4 2 , parágrafo único, do Decreto n 2 22, de 04-02-1991). Através desse ato legal, fica também estabelecida a possibilidade de ser realizada uma revisão dos limites caso a terra indígena seja insuficiente para a sobrevivência física e cultural dos Grupos Indígenas. No ano de 1990, a demarcação das terras do Parque Indígena do Xingu, por exemplo, constituiu uma das reivindicações de proa. E, em 1989, foi realizada a do Yanomami, que resultou na fragmentação do espaço, criando 19 Áreas Indígenas isoladas e duas Florestas Nacionais (Roraima e Amazonas) e estas últimas constituíam, segundo o ato legal, espaço de circulação para os índios. Bastante questionada, essa fragmentação deixou de existir pela Portaria do Ministério da Justiça de 02-05-91. E, com isso, o Parque Indígena Yanomami passou a denominar-se desde então Terra Indígena Yanomami, obedecendo, assim, ao disposto no Decreto n 2 22, de 04-02-91. Espalhadas pelo Território Nacional, essas terras são, compreensivelmente, mais expressivas, espacial e numericamente, nas Unidades da Federação com menor grau de ocupação por elementos nacionais não-indígenas. E pouco representativas naqueles estados de intensa ocupação socioeconómico, onde a competição econômica tende a isolar ou expulsar os grupos indígenas para locais de difícil acesso ou então onde os solos não são propícios à produção agropecuária e, ainda, sem recursos minerais no subsolo. Estes fatos muitas vezes tendem a dificultar a sobrevivência e a gerar conflitos culturais, econômicos, sociais e sanitários de diferentes magnitudes com prejuízo para os índios. Unidades de Conservação As atividades produtoras aliadas às necessidades de habitação e bem-estar do homem tendem a perturbar o ambiente natural gerando o ambiente antrópico. Nesse processo, a terra passo a ter um valor comercial e é desprezada, via de regra, a adequação aos usos a ela impostos. Isso deriva do fato de o homem desenvolver e satisfazer necessidades determinadas mais por exigências culturais que mesmo biológicas. Assim, à medida que aumentam as pressões sobre o meio ambiente, provocando sua descaracterização, emerge na sociedade uma preocupação com a preservação dos espaços compartimentados, eleitos com a finalidade de conservar e proteger flora, fauna, belezas cênicas, recursos hídricos e monumentos naturais entre outros. Para tanto, essas áreas santuários, intituladas Unidades de Conservaçõo da Natureza, têm seus espaços delimitados e demarcados com o objetivo de resguardá-los oficialmente. Com Isso, poderes públicos nos níveis federal, estadual e municipal, além de Instituições particulares, criaram esses espaços respaldados no Código Florestal e na Lei de Proteção à Fauna. Objetivou-se, inicialmente, transformar as terras públicas em Unidades de Conservação. Contudo, foram incluídas ainda terras de particulares contíguas às públicas, objetos de desapropriação por parte dos poderes públicos. Muitas dessas áreas, ao serem criadas, têm seus territórios delimitados, mas só posteriormente eles são demarcados no terreno. Disso resulta a vulnerabilidade dos limites, com possibilidade de surgimento de usos inadequados aos objetivos que conduziram à criação dessas áreas. Estes podem ser catalogados em dois grandes grupos: gerais, quando procuram proteger e preservar o meio ambiente como um todo; e específicos, quando visam a preservar partes desse meio como a cobertura vegetal (burltizals, florestas, bosques de araucária, cerrados, caatingas, manguezais, castanhais, entre outros); a fauna silvestre (quelônios marinhos, áreas de nidificação, aves de rapina e praieiras, tartaruga amazônica, etc.); os recursos hídricos (nascentes e fontes de água de caráter permanente, mananciais, etc.) e monumentos naturais (grutas, picos e topos, fixação de dunas, sítios àrqueológicos; etc.). Concomitantemente, dependendo do tipo da unidade, podem ser desenvolvidas atividades culturais, socioeconõmicas, de lazer e, principalmente, de pesquisas e experimentação nos campos de fauna, flora e ecologia, entre outros. A diversificação e combinação desses objetivos respondem pela diversidade de tipos de áreas, cuja criação vem ocorrendo desde o início do século. Entretanto, é a partir dos anos 50 que se assiste à intensificação do processo, com ênfase na década de 80. No primeiro momento, as unidades de conservação federais estavam vinculadas ao ex-Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF. Constam do Cadastro de Áreas Especiais e do de Unidades de Conservação, entre outros, os seguintes tipos de unidades: Parques, Parques Florestais, Parques Ecológicos, Reservas Biológicas, Monumentos Naturais, Refúgios de Vida Silvestre, Estações Ecológicas,
1 - 124 Áll&.S ESPECIAJS ANUÁRIO EsrA11sncO DO llRASll - <strong>1994</strong> Mopo 1.23 Unidades de Conservoçõo ($CAI.A lt2'2 000 000 ~300000 ... o De 300001.1 000000 ... o-. ... 0. 1000001•20000001\1 000 ...... D • 1•300000 ... o 0.300001. ~000~ º "°""*,,.&.000001'.- kln!• • lllGE, Difo~ dl Gloci6nciat. 54~ dt kllOI~ dt RKi,ir-sos N
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Presidente da República Fernando H
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FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE
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