92Berlim. Mary dizia que Isadora era “como o sol; ela sorria e você podia morrertotalmente, sentindo que estava realizando alguma gran<strong>de</strong> façanha”. (KURTH, 2004,p. 527-528).Às <strong>de</strong>z horas da <strong>no</strong>ite,ei-las em Berlim, diante do hotel Adlon. Esseniné avisado imediatamente. Salta <strong>no</strong> hall como um louco, procura Isadoracom o olhar, avista-a, precipita-se em seus braç<strong>os</strong>, sufoca-a <strong>de</strong> beij<strong>os</strong>acompanhad<strong>os</strong> <strong>de</strong> exclamações apaixonadas. Os viajantes observavamcom o rabo do olho aquele casal <strong>de</strong> exaltad<strong>os</strong> enlaçad<strong>os</strong> <strong>no</strong> meio do hall,que parece ter esquecido tudo em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong>les, como dois náufrag<strong>os</strong> que seencontraram numa ilha <strong>de</strong>serta. Suas efusões são interrompidas pelogerente do hotel. (LEVER, 1988, p. 318).O gerente do hotel sabendo das crises <strong>de</strong> Serguei, diz que não há maisquart<strong>os</strong>, e eles procuram por outro hotel o Palace hotel, lhe oferece a suíte real, euma recepção é organizada <strong>no</strong> salão para comemorar o reencontro. Fica <strong>de</strong>cididoque essa <strong>no</strong>ite será inteiramente russa, com caviar, vodca à vonta<strong>de</strong>, cant<strong>os</strong> ebalalaicas.Tudo correra bem na festa, <strong>de</strong> repente ninguém sabe o porquê elescomeçam brigar, prat<strong>os</strong> começam a voar pelo local, <strong>os</strong> amig<strong>os</strong> tentam acalmarSerguei, mas suas forças duplicavam quando ele tinha suas crises. (LEVER, 1988,p. 303).Isadora começa insultar Serguei em russo, com sotaque ianque, Serguei atoma n<strong>os</strong> braç<strong>os</strong> e beija-a, ajoelha e beija seus pés. Em seguida já lembra d<strong>os</strong>insult<strong>os</strong> e a joga <strong>no</strong> chão, ela fica histérica e com uma pilha <strong>de</strong> prat<strong>os</strong> na mão ela fazvoar tod<strong>os</strong> com toda a força Serguei manda chamar um médico, e lhe aplicam umainjeção <strong>de</strong> morfina.Isadora chama por Mary, e lhe confessa que não po<strong>de</strong>rá perdoar Serguei<strong>de</strong>ssa vez, pois ele havia passado d<strong>os</strong> limites, ele havia tocado na ferida <strong>de</strong>la, quesão seus filh<strong>os</strong>.Mary tenta fazê-la compreen<strong>de</strong>r que chegou ao ponto que a separação
93tor<strong>no</strong>u-se necessária.Isadora diz que seria o mesmo que abandonar uma criança doente, e queprimeiro voltara para a Rússia. (LEVER, 1988, p. 319-320).Isadora e Serguei foram expuls<strong>os</strong> <strong>de</strong> vári<strong>os</strong> hotéis, e ela teve que ven<strong>de</strong>r amobília da casa <strong>de</strong>la na Rue <strong>de</strong> la Pompe para comerem. (KURTH, 2004, p. 529).321).O suicídio assume em Serguei uma forma <strong>de</strong> obsessão. (LEVER, 1988, p.Ela não ousava mais ficar sozinha com ele, pois as cenas violentas eramcada vez mais fortes.Em outubro <strong>de</strong> 1924, Isadora estava em Berlim, à imprensa alemã sem<strong>os</strong>trava h<strong>os</strong>til com ela, era tratada como uma agente <strong>de</strong> propaganda estipendiadopelo gover<strong>no</strong> d<strong>os</strong> soviétic<strong>os</strong>.A Europa parecia um país inabitável, as pessoas com quem ela haviaassinado contrato sumiram com todas as receitas. Recusavam o visto em razão dasvinculações políticas <strong>de</strong> Isadora. “Quando era criança eu sonhava em quebrar omol<strong>de</strong> burguês e refazer o mundo”. (KURTH, 2004, p. 530-531).Não entendo nada <strong>de</strong> política. Só sei que <strong>de</strong>rramarei a ultima gota <strong>de</strong> meusangue para fazer avançar, por pouco que f<strong>os</strong>se, minha concepção dahumanida<strong>de</strong>. (LEVER, 1988, p. 344).Isadora tentava curar Serguei, mandou ele para uma clinica, ele voltou<strong>de</strong>sintoxicado, contratou dois enfermeir<strong>os</strong> para impedi-lo <strong>de</strong> beber, mas ele nãotardou a voltar a beber. (KURTH, 2004, p. 531- 533).Ela vai pra Rússia com ele, antes passam por Berlim, Mary volta para ficaem Paris. O público alemão que antes a adorava, agora lhe vira as c<strong>os</strong>tas achamando <strong>de</strong> bolchevista.A imprensa dizia:
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Universidade Estadual Paulista “J
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