os gestos expressivos de isadora duncan no contexto

70deve esperar a vontade de viver... Aceite os contratos”.Em uma tarde cinzenta de outono, em seu passeio diário e solitário, pelasareias úmidas, Isadora vê Deirdre e Patrick. Corre para eles de braços estendidos,mas eles desaparecem, ela é incapaz de conter os gritos e cai no chão contra aareia, os gritos ofegantes que lhe escapam do peito.Diante dela, um homem jovem, vindo do mar, falando em italiano, sepreocupa com ela e lhe oferece ajuda. Ela responde: “Sim, salve-me. Salve minhavida. Salve minha razão. Dê-me um filho”.Foi como se ela renascesse para a luz para amar novamente, após longatemporada no seio das trevas.Ela conta tudo a Eleonora que não se surpreende, vão juntar visitar o ateliêdo jovem escultor. Isadora acreditou que esse amor poderia acabar com seuspesares. Mas ele pertencia a uma família severa e era noivo de uma italiana.Novembro se aproximava, Duse voltou para Florença e Isadora partiu paraRoma com seu amigo Skene, sabia que encontraria lá a apaziguadora harmonia deque tanto precisava. (DUNCAN, p. 249-250-251).Hener Skene tentava convencê-la a voltar para a dança:Pense em sua arte, em tudo o que você pode dar ao mundo. Não seesqueça de sua mensagem de amor e paz. Nunca se teve tantanecessidade dela. Em Paris, você será mais útil que aqui, retomara adança, o ensino. (LEVER, 1988, p. 209).Entre 1913, 1914, Singer manda um telegrama pra Isadora suplicando paraela se encontrar com ele em Paris, alegando um projeto magnífico para ela.Ela não sabia e contava ou não para ele sobre o ocorrido na praia deViareggio, como explicar para Singer essa atitude insensata? Como contar que elaespera um filho de outro? (LEVER, 1988, p. 208-209).Quando chega no hotel reservado por Singer em Paris, Isadora se depara