54consi<strong>de</strong>ração um organismo vivo e dinâmico. Os múscul<strong>os</strong> parecia bastarem a simesm<strong>os</strong>, ao invés <strong>de</strong> serem consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> como um arcabouço mecânico, uma fonteinesgotável <strong>de</strong> vida.A ginástica sueca é um falso sistema <strong>de</strong> cultura física, porque <strong>de</strong>spreza aimaginação e faz do corpo um simples objeto, enquanto ele é um foco <strong>de</strong>energia vital, <strong>de</strong> energia cinética. (DUNCAN, p. 162-163).Durante suas turnês, Elizabeth se ocupa d<strong>os</strong> cuidad<strong>os</strong> <strong>de</strong> sua escola. Ficacada vez mais difícil cobrir as <strong>de</strong>spesas.Isadora fez uma série <strong>de</strong> preceit<strong>os</strong> relativ<strong>os</strong> ao ensi<strong>no</strong> da dança e preparouquinhent<strong>os</strong> exercíci<strong>os</strong> que iam d<strong>os</strong> moviment<strong>os</strong> mais simples a<strong>os</strong> mais complex<strong>os</strong>,formando um manual completo da sua arte. (DUNCAN, p. 162-164).Suas alunas cada dia ficavam mais fortes, mais ágeis e dançavam comimensa graça.Por essa época ela conhece J<strong>os</strong>eph Shurmann e Charles Frohman, gran<strong>de</strong>sempresári<strong>os</strong>, que se ocupam <strong>de</strong>la. (DUNCAN, p. 182-183).Em 1907, turnê pela Rússia. Volta para Berlim, ela e suas alunas seapresentam sobre sinfonias <strong>de</strong> Beethoven, tentando haver lucr<strong>os</strong> para manutenção<strong>de</strong> sua escola. (LEVER, 1988, p. 151-153).Ellen Terry, frequentemente ocupa-se das meninas, pelas quais temverda<strong>de</strong>ira adoração. (DUNCAN, p. 183).Quando fundou sua escola, pretendia revelar as garotas uma <strong>no</strong>va alegria<strong>de</strong> viver, permitir a<strong>os</strong> seus corp<strong>os</strong> <strong>de</strong>sabrochar harmoni<strong>os</strong>amente, e não prepará-l<strong>os</strong>para o cabonitismo. O único meio <strong>no</strong> momento <strong>de</strong> manter suas <strong>isadora</strong>veis, era elasse apresentando junto <strong>de</strong> Isadora.Isadora tem uma filha com Gordon Craig, Deirdre.Quando Isadora engravidou <strong>de</strong> Gordon Craig, resolveu passar sua gravi<strong>de</strong>z,
55perto do mar e em junho <strong>de</strong> 1905 vai para uma al<strong>de</strong>ola holan<strong>de</strong>sa <strong>de</strong> Nordwyck, amargem do mar do Norte e fica em uma casinha branca, nas dunas. Craig vinha vêla<strong>de</strong> vez em quando.É uma estranha vingança da natureza essa <strong>de</strong> exigir que tanto mais sesofra quanto mais <strong>de</strong>licad<strong>os</strong> são <strong>os</strong> nerv<strong>os</strong> e mais sensível é o cérebro.(DUNCAN, p. 164).Ela chega a ter receio do convívio huma<strong>no</strong>, pois tod<strong>os</strong> pareciam cultuar tãomal a santida<strong>de</strong> da mulher que será mãe. Ela achava isso muito vulgar.As vezes ela sentia medo do <strong>de</strong>sconhecido, que era a gravi<strong>de</strong>z, e as vezespensava com tristeza em sua dança, mas logo sorria e pensava: “No fim das contas,que é a arte senão uma pálida imagem da alegria e do milagre da vida”? (DUNCAN,p. 163-164-166).Isadora não se conformava com as dores do parto, e disse:E não me falem do movimento feminista ou das sufragistas, enquanto asmulheres não tiverem dado fim a esse sofrimento inútil, exigindo que oparto, como todas as outras operações, se faça sem dor. (DUNCAN, p.167).Sua filha nasce ela é tão bela quanto o amor. E nessa hora ela sente umamo que ultrapassa o amor do homem. Nem a arte não tinha importância, ela sejulgava um ser divi<strong>no</strong>, superior a qualquer artista. Ao olhar n<strong>os</strong> olh<strong>os</strong> <strong>de</strong> sua filhinhase sentia diante do sentido verda<strong>de</strong>iro da vida.Isadora pe<strong>de</strong> para Craig lhe dar um <strong>no</strong>me, Deirdre é o <strong>no</strong>me escolhido.(DUNCAN, p. 168-169).Descobria como era forte, egoísta e feroz o amor mater<strong>no</strong>. E pensava queseria mais admirável se pudéssem<strong>os</strong> amar assim todas as crianças. (DUNCAN, p.193).O moral <strong>de</strong> Isadora era questionada. Tentaram censurá-la, por ela dançar
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Universidade Estadual Paulista “J
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