22d<strong>os</strong> Salões, on<strong>de</strong> dançou. (LEVER, 1889, p. 35).Era dona <strong>de</strong> um comportamento esportivo, animado e bem humorado, o seuotimismo que não raro chegava à i<strong>no</strong>cência, sua <strong>de</strong>sarmante candura, tinha um jeitopróprio <strong>de</strong> varrer <strong>os</strong> conselh<strong>os</strong> da prudência com um: mais tar<strong>de</strong> a gente vê.(LEVER, 1988, p. 53).Era totalmente <strong>de</strong>sapegada a bens materiais, sua mãe sempre lhe ensin<strong>os</strong>er assim, e a exemplo <strong>de</strong>la, Isadora nunca usou jóia. (DUNCAN, p. 26)Em seu primeiro sucesso em Paris, Victorien Sardou lhe diz que a admiratanto quanto a lamenta, pois ela <strong>de</strong>safiará <strong>os</strong> <strong>de</strong>uses, a alertava para ter cuidadocom a vingança <strong>de</strong>les. Parecendo já estar prevendo como a vida <strong>de</strong> Isadora seriatrágica. “Os mais doces frut<strong>os</strong> da glória dissimulam em seu seio venen<strong>os</strong> amarg<strong>os</strong>”.(LEVER, 1988, p. 57).Ela tinha uma natureza aberta, sem segred<strong>os</strong>, profundamente transitiva. Eraum ser espontâneo.Para alguns sua ausência <strong>de</strong> segred<strong>os</strong> tornava-se o mais enigmático d<strong>os</strong>mistéri<strong>os</strong>, sua própria <strong>de</strong>senvoltura assumia um aspecto inquietante. Ela pareciainsólita <strong>de</strong> tanta transparência. (LEVER, 1988, p. 57).Isadora era consi<strong>de</strong>rada a beleza mais completa da época.É difícil julgá-la, sem duvida porque julgar é comparar e nela não seentra nenhum elemento que se tenha visto em alguma outra, nem mesmoem nenhum lugar, alhures. Mas todo o mistério <strong>de</strong> sua beleza esta <strong>no</strong>brilho, <strong>no</strong> enigma, sobretudo <strong>de</strong> seus olh<strong>os</strong>. Nunca vi mulher tão bela...MARCEL PROUST (LEVER, 1988, p. 61).Isadora não acreditava em um <strong>de</strong>us, ela dizia :...meus <strong>de</strong>uses são a beleza e o amor. Não existe outro. Como você po<strong>de</strong>saber que existe um <strong>de</strong>us? Os homens inventaram <strong>os</strong> <strong>de</strong>uses para teremmedo. Os antig<strong>os</strong> greg<strong>os</strong> já sabiam disso há milhares <strong>de</strong> an<strong>os</strong>. Nada existealem daquilo que sabem<strong>os</strong>, inventam<strong>os</strong> ou imaginam<strong>os</strong>. Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> infern<strong>os</strong>estão neste mundo. E tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> paraís<strong>os</strong>! (LEVER, 1988, p. 293).
23Filha da Irlanda por seu i<strong>de</strong>alismo, filha do Re<strong>no</strong> por seu senso dafatalida<strong>de</strong>. Acredita <strong>no</strong> <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> inelutável que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a aurora d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>, pesasobre a humanida<strong>de</strong>. “Os <strong>de</strong>uses cobram caro suas Dádivas, para cada alegria háuma tristeza”. (KURTH, 2004, p. 19).Isadora sempre foi fiel a suas idéias, e dizia saber medir <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> queassume. E dizia que pior para ela se algum dia tiver <strong>de</strong> sofrer por suas idéias.(LEVER, 1988, p. 171).Aquilo que ainda não vivenciam<strong>os</strong> torna-se-n<strong>os</strong> incompreensível atravésd<strong>os</strong> livr<strong>os</strong>. [...] ...é <strong>de</strong> todo inútil privar <strong>de</strong> certas leituras a mocida<strong>de</strong>.(DUNCAN, p. 71).Essa mulher foi convertida em símbol<strong>os</strong>: “Mãe dolor<strong>os</strong>a”; “Pacionária”.“Revolucionaria”; “Feminista”; “Mulher escandal<strong>os</strong>a”; “Rainha da extravagância”.(LEVER, 1988, p. 236).Isadora <strong>de</strong>sprezava o dinheiro, acreditava que o verda<strong>de</strong>iro escândalo nãoera esbanjá-lo como ela sempre fez, o gran<strong>de</strong> escalo era o dinheiro. Oesbanjamento era o único meio para o artista negar o dinheiro.Comentava: “Nunca fui econômica, nem em minha arte, nem em meusamores, nem em minha vida. Quer que o seja por dinheiro?” (LEVER, 1988, p. 348).“Mas como classificar <strong>os</strong> artistas? A única coisa que fazem é flutuar acimadas coisas”. (LEVER, 1988, p. 344).Certa vez o aluguel <strong>de</strong>veria ser pago <strong>no</strong> dia seguinte, e o “clã Duncan”, nãotinha dinheiro como <strong>de</strong> c<strong>os</strong>tume, as idéias do que fazer, não emergiam, pensavamque só por um milagre escapariam <strong>de</strong>ssa fase difícil, pensament<strong>os</strong> trágic<strong>os</strong>transitavam <strong>os</strong> seus cérebr<strong>os</strong> como: “se o hotel pegasse fogo”. Vinte e quatro horas<strong>de</strong>pois o Hotel Windsor é tomado pelas chamas. Isadora dizia à família que isso eraum sinal, e que precisavam ir para Londres.
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