32Isadora sempre foi ansi<strong>os</strong>a por conhecer profundamente o amor, ele sempreteve uma imensa importância em sua vida, por vezes falava mais alto que suaprópria Arte e que sua própria vida.Quando volta à Budapeste, sua mãe e Elizabeth reprovam o seucomportamento, acabam por persuadi-la à aceitar uma turnê, ela conta <strong>os</strong> dias queficou separada <strong>de</strong> seu “Romeu”.Como invejo a natureza que po<strong>de</strong>m se entregar abertamente à volúpia domomento, sem temer aquele critico impied<strong>os</strong>o e senhor <strong>de</strong> si, que se sentea distancia e quer impor a<strong>os</strong> sentid<strong>os</strong>, rojad<strong>os</strong> a seus pés, uma opinião queestes não lhe pe<strong>de</strong>m. (DUNCAN, p. 93).Mais turnês surgiam.Em toda parte acolhem-na como uma jovem divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecida doOlímpo. Fazem-na <strong>de</strong>sfilar nas ruas, vestida com uma túnica branca, sobreuma vitória transbordante <strong>de</strong> lilases, puxada por caval<strong>os</strong> ajaezad<strong>os</strong> comfitas e insígnias com as cores da Hungria. (LEVER, 1988, p. 80).Em Munique, Gr<strong>os</strong>s, lhe organizava representações. (LEVER, 1988, p. 83).Os estudantes <strong>de</strong>satrelam-lhe <strong>os</strong> caval<strong>os</strong>, levando Isadora através das ruas,dançando e cantando em sua volta, chegando ao Hotel ficavam durante uma parteda <strong>no</strong>ite <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> sua janela, até que ela jogasse-lhes flores ou lenç<strong>os</strong> que eramcortado em mil pedaç<strong>os</strong> e afixado n<strong>os</strong> bonés d<strong>os</strong> estudantes.Uma vez, levam-na em triunfo até a celebre Cervejaria Hofbrauhaus, on<strong>de</strong>ela dançou para tod<strong>os</strong>, escandalizando a cida<strong>de</strong>, mas tudo não passava <strong>de</strong> umatroca <strong>de</strong> estudantes, <strong>de</strong>sta vez, seu xale foi reduzido a frangalh<strong>os</strong> para <strong>os</strong>estudantes enfeitarem <strong>os</strong> seus bonés. (DUNCAN, p. 98).Isadora estava maravilhada com Munique, era uma verda<strong>de</strong>ira colméia <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s artísticas e intelectuais.Em Munique durante uma apresentação ela conhece o filho <strong>de</strong> RichardWagner, Siegfried Wagner, que se tor<strong>no</strong>u um amigo muito querido com quem
33Isadora conversava muito.O compromisso <strong>de</strong> Isadora em apresentar a sua maneira <strong>de</strong> dançar ao redordo mundo, e, o “seu empenho em <strong>de</strong>volver à dança seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong>comunhão convergia com gran<strong>de</strong>s correntes da arte mo<strong>de</strong>rna: a do Einfühlung, naAlemanha, para a qual a missão da arte era fazer-n<strong>os</strong> penetrar na essência do ser,vibrara em união com ele e conclamar a esta participação”. (GARAUDY, 1980, p.60).Ela começava a ler Schopenhauer, assim conheceu o espírito extraordinário:Geist, que é este sentimento da Divinda<strong>de</strong> (divinda<strong>de</strong> do pensamento), e tinha aimpressão <strong>de</strong> ter penetrado num mundo <strong>de</strong> pensadores excels<strong>os</strong>, cuja inteligênciaera mais vasta e sagrada. (DUNCAN, p. 99).Em Berlim, Gr<strong>os</strong>s espalha cartazes por todas as ruas. Isadora conquistaBerlim <strong>de</strong> assalto. Da <strong>no</strong>ite pro dia o <strong>no</strong>me Isadora esta em todas as bocas, aimprensa só fala <strong>de</strong>la. Aplau<strong>de</strong>m-na por sua audácia, tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> crític<strong>os</strong> aclamam oadvento <strong>de</strong> uma <strong>no</strong>va dança. Isadora mergulha na música sinfônica, Bach,Beethoven e Wagner. (DUNCAN, p. 101-102). (LEVER, 1988, p. 88-89).Finalmente o reencontro com o seu “Romeu” estava próximo, chega o diatão esperado, ela percebe nele uma mudança, agora ele representava MarcoAntonio, e parece ter se impregnado do papel, Isadora tem sauda<strong>de</strong>s do Romeu, e o“Marco Antonio” lhe fala em casamento, oferecendo-lhe um camarote todas as <strong>no</strong>itese dizendo necessitar <strong>de</strong>la para ensaiar.À medida que <strong>os</strong> dias passam, sente uma angustia rondar-lhe a felicida<strong>de</strong>. Ocasamento! E ela? E a dança? Estava disp<strong>os</strong>ta a per<strong>de</strong>r-se por amor, não pela vidaconjugal. Com tantas incertezas, um dia <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m o melhor seria cada um pr<strong>os</strong>seguira carreira separadamente. (LEVER, 1988, p. 80-81).
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