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os gestos expressivos de isadora duncan no contexto

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97existe <strong>no</strong> mundo essa coisa chamada amor, as pessoas permitiriam umacoisa <strong>de</strong>ssas? Elas po<strong>de</strong>riam ia para sua casa confortável sabendo que hácrianças sofrendo assim? Se, se permite que as crianças sofram, é porquenão há amor verda<strong>de</strong>iro <strong>no</strong> mundo. (KURTH, 2004, p. 562).Com <strong>os</strong> seus pensament<strong>os</strong> voltad<strong>os</strong> à <strong>de</strong>fesa da liberda<strong>de</strong>, amor, respeitohuma<strong>no</strong> e à Dança espontânea.No outo<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1925, Isadora é solicitada pelo Partido Comunista afundar uma escola <strong>de</strong> dança <strong>de</strong>stinada às crianças oriundas d<strong>os</strong> mei<strong>os</strong>populares. Chamaria suas melhores alunas <strong>de</strong> M<strong>os</strong>cou para servi-lhe <strong>de</strong>monitora. Apesar do interesse suscitado pelo projeto nas instanciasdiretivas do Partido, as discussões não chegam a bom termo e ela acaba<strong>de</strong>sistindo. (LEVER, 1988, p. 337-338).No dia 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1925, Serguei suicidou-se em Leningrado. Nofinal alcoolismo, insônia, <strong>de</strong>líri<strong>os</strong> e paranóia tinham sido <strong>de</strong>mais para ele. Saindo <strong>de</strong>um tratamento numa clínica psiquiátrica, com 30 an<strong>os</strong>, ele se enforcou num ca<strong>no</strong> <strong>de</strong>aquecimento do Hotel d´Angleterre, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cortar o pulso e <strong>de</strong>ixar um poemaescrito com seu sangue:A<strong>de</strong>us, minha amiga, a<strong>de</strong>us,Meu amor, você está <strong>no</strong> meu coração.Estava pre<strong>de</strong>stinado que iríam<strong>os</strong> n<strong>os</strong> separarE n<strong>os</strong> reunirm<strong>os</strong> <strong>de</strong>pois.A<strong>de</strong>us: sem ter <strong>de</strong> suportar um aperto <strong>de</strong> mão.Que não haja tristeza – cenh<strong>os</strong> franzid<strong>os</strong>.Não há nada <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo em morrer agora,Mas viver não é nem um pouco mais <strong>no</strong>vo.(KURTH, 2004, p. 572-573).Nesse momento, <strong>os</strong> amig<strong>os</strong> envolvem Isadora com afeição e a encorajam aretornar o seu trabalho, ajudam em sua situação financeira que se tornava cada vezmais <strong>de</strong>sesperadora. Isadora parecia já não ter lagrima em seus olh<strong>os</strong> por tantochorar, tinha a impressão <strong>de</strong> ter exaurido a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sofrimento huma<strong>no</strong>, porvezes era tentada a seguir o exemplo <strong>de</strong> Serguei e se jogar <strong>no</strong> mar.Em 1926, o que restava para Isadora era um drinque e um rapaz. Dizia queseu coração não estava partido, havia apenas se vergado e que não há passadopara nenhuma mulher, a men<strong>os</strong> que ela escolha viver <strong>de</strong>le. (KURTH, 2004, p. 576).

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