78Também acreditava que o amor <strong>de</strong> um homem comparado com o amor <strong>de</strong>outro homem po<strong>de</strong> ser completamente diferente. E dizia que uma mulher queconheceu apenas um homem era como alguém que só ouviu um gênero musical.Isadora acreditava-se feliz, seu arcanjo.O mar, tudo estava divi<strong>no</strong>. Isadora tem a idéia <strong>de</strong> fundar sua escola naGrécia e chama suas discípulas, sua felicida<strong>de</strong> seria completa se suas alunas, asIsadoráveis estivessem com ela. Ela percebe em seu arcanjo uma expressãodiferente, mais terrestre do que celeste. Então ela percebe uma troca <strong>de</strong> olharesentre seu arcanjo e uma <strong>de</strong> suas alunas. Ela acreditou que o amor <strong>de</strong> amb<strong>os</strong> f<strong>os</strong>seinvencível, que f<strong>os</strong>sem um casal místico, acima d<strong>os</strong> preconceit<strong>os</strong> e dasconveniências. (LEVER, 1988, p. 257-258-92-293-294-296).Isadora experimenta um furor que apavora ela mesma, um <strong>de</strong>sesperofrenético, uma imensa dor e tomada por um ciúmes torturante ela conta com o apoio<strong>de</strong> um peque<strong>no</strong> grupo <strong>de</strong> alunas e se amigo Edward Steichen.Mas a única solução que ela encontrou, foi voltar-se para sua escola,colocar-se atrás <strong>de</strong> uma mascara <strong>de</strong> alegria e afogar sua angustia n<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong> daGrécia. (DUNCAN, p. 296-298).Em sua autobiografia Isadora diz que por mais <strong>de</strong>savergonhada que suashistorias tenham sido para algumas mulheres, e que as tragédias <strong>de</strong> sua vidap<strong>os</strong>sam parecer para elas o preço que ela pagou por seus pecad<strong>os</strong>, Isadora não sevê como uma pecadora. Ela apenas refletiu, reagiu diante das pessoas e das forças,apenas mudando <strong>de</strong> forma e <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong> acordo com a vonta<strong>de</strong> d<strong>os</strong> <strong>de</strong>usesimortais. (DUNCAN, p. 272).A arte da unida<strong>de</strong> e harmonia aquilo que da vida é ca<strong>os</strong> e discórdia.Um romance se exalta ate a cena culminante, mas não tem reverso.O amor na arte acaba como em Isolda, numa <strong>no</strong>ta trágica e soberba.A vida está cheia <strong>de</strong> ações e reações, e um caso <strong>de</strong> amor, na vida real,acaba quase sempre por uma discórdia, como, <strong>no</strong> meio <strong>de</strong> uma frase
79musical uma dissonância infeliz.E também, por vezes, na vida, um caso <strong>de</strong> amor, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> chegarao seu ponto culminante, só se reanima para morrer <strong>de</strong> uma maneiramiserável, para findar <strong>no</strong> tumulo das reclamações financeiras e n<strong>os</strong>ho<strong>no</strong>rári<strong>os</strong> d<strong>os</strong> homens da lei. (DUNCAN, p. 274).Entre <strong>os</strong> artistas e a vanguarda russ<strong>os</strong> Isadora era uma revelação, dançarinae reformadora, “o símbolo da <strong>no</strong>va Rússia, da Rússia revolucionaria”. (KURTH,2004, p. 203).Por seis meses seu coração ficou vazio, tragédias e <strong>de</strong>silusões amor<strong>os</strong>as,ela ficou em Paris. Quando sem esperar em uma correspondência <strong>de</strong> AnatolLunatcharski re<strong>no</strong>va suas esperanças, era <strong>de</strong> M<strong>os</strong>cou datada em 13 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong>1921. “Só o gover<strong>no</strong> russo é capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r-v<strong>os</strong>. Vin<strong>de</strong> para cá. Farem<strong>os</strong>v<strong>os</strong>sa escola”.Isadora sempre esperanç<strong>os</strong>a e sonhadora aceita. “A<strong>de</strong>us, Velho Mundo! Erao Novo Mundo que eu queria saudar”. (DUNCAN, p. 300-301).E respon<strong>de</strong>: “Quero agora dançar para as massas, para <strong>os</strong> trabalhadores,meus camaradas...” (LEVER, 1988, p. 263).Em uma entrevista ela <strong>de</strong>clara que apenas o gover<strong>no</strong> d<strong>os</strong> soviétic<strong>os</strong> que seinteressam pelas artes. Dizia não temer as restrições alimentares da Rússia. NaRússia ela po<strong>de</strong>ria fundar a Escola d<strong>os</strong> seus sonh<strong>os</strong>, era a única esperança querestava, dizia ela.Sobre <strong>os</strong> estad<strong>os</strong> unid<strong>os</strong> ela disse:Um país totalmente <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> imaginação. Não tem o me<strong>no</strong>rrespeito pel<strong>os</strong> criadores. Detesta <strong>os</strong> verda<strong>de</strong>ir<strong>os</strong> talent<strong>os</strong>. A arte, a beleza?São motiv<strong>os</strong> <strong>de</strong> riso. O que conta acima <strong>de</strong> tudo, para <strong>os</strong> american<strong>os</strong>, é odinheiro e apenas o dinheiro! (LEVER, 1988, p. 264).Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a França, Isadora <strong>de</strong>u um serão <strong>de</strong> a<strong>de</strong>us em seu estúdio, ehouve suplicas para que ela renunciasse seu projeto, diziam que na Rússiaacontecem coisas atrozes e a miséria era muita.
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Universidade Estadual Paulista “J
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