118Para Isadora a dança era uma expressão religi<strong>os</strong>a. Dizia a<strong>os</strong> seus discípul<strong>os</strong>que todo movimento p<strong>os</strong>sui uma força espiritual capaz <strong>de</strong> manter o público emsuspenso.Talvez um excesso <strong>de</strong> preocupação com a técnica acabe atéinconscientemente levando o bailari<strong>no</strong> a esquecer a emoção, parecendo assimmecânico ou frio em cena.Ao <strong>de</strong>scobrir e <strong>de</strong>sbloquear o “chakra” emocional, o plexo solar, técnica eemoção dançam juntas, pois esse centro <strong>de</strong> força e vibração n<strong>os</strong> eleva quandodançam<strong>os</strong>. Desta forma a experiência <strong>de</strong> quem assiste e <strong>de</strong> quem dança é única. É,portanto, o momento em que, finalmente, a técnica (apolínea) e a emoção(dionisíaca) se encontram. “Dançar é viver. O que <strong>de</strong>sejo é uma escola da vida”. –Isadora Duncan.Os contorn<strong>os</strong> são diluíd<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> lumin<strong>os</strong><strong>os</strong>. (LEMOS, 2005).Há sempre um pouco <strong>de</strong> loucura <strong>no</strong> amor. Mas há sempre um pouco<strong>de</strong> razão na loucura. E, para mim também, para mim que estou <strong>de</strong>stinado àvida, às borboletas e às bolhas <strong>de</strong> sabão, e tudo o que a elas seassemelham entre <strong>os</strong> homens, parece-me ser quem melhor conhece afelicida<strong>de</strong>. Quando vê esvoaçar essas almas pequenas, leves e maleáveis,graci<strong>os</strong>as e brincalhonas, Zaratustra tem vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> chorar e <strong>de</strong> cantar.Eu só po<strong>de</strong>ria acreditar em um <strong>de</strong>us que soubesse dançar.Aprendi a andar; <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, <strong>de</strong>ixo-me correr. Aprendi a voar,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então não preciso mais que me empurrem para mudar <strong>de</strong> lugar.Agora sou leve, agora eu vôo... agora um <strong>de</strong>us dança em mim.Assim falava Zaratustra. Nietzsche. (LEMOS, 2005).3. Educação Física <strong>no</strong> Século das LuzesNo século XVIII nasce uma atm<strong>os</strong>fera cultural, uma fé comum nap<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar a condição humana e <strong>de</strong> pronunciar a verda<strong>de</strong> sobre ohomem e sobre o universo, através d<strong>os</strong> exercíci<strong>os</strong> intransigente da razão, oIluminismo.Um d<strong>os</strong> filósof<strong>os</strong> e pedagogo do Iluminismo foi Jean-Jaques Rousseau
119(1712-1778).Ele foi fundamental para re<strong>no</strong>var o processo educativo, tinha um i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>educação natural, favorecer o espontâneo, o individuo <strong>de</strong>veria "ver com <strong>os</strong> própri<strong>os</strong>olh<strong>os</strong>, a sentir com o coração e a não ser governado por nenhuma autorida<strong>de</strong> quenão seja sua própria razão".Acreditava ser necessário respeitar, favorecer e <strong>de</strong>senvolver sentiment<strong>os</strong> einstint<strong>os</strong> evitando sufocar a criança com uma má educação.Era contra a educação d<strong>os</strong> seus temp<strong>os</strong>, a qual, segundo o autor, "ten<strong>de</strong> aformar prematuramente a inteligência e a instruir a criança n<strong>os</strong> <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> homensmadur<strong>os</strong>".Ele queria protege do vicio, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> do erro, prepara a criança para tomar aestrada que conduz à verda<strong>de</strong>, para quando estiver em condições <strong>de</strong> compreendêla.Visava o <strong>de</strong>senvolvimento do corpo, d<strong>os</strong> sentid<strong>os</strong>, do cérebro e do coração.A função da educação física para Rousseau:Em uma fil<strong>os</strong>ofia e em uma pedagogia da natureza, a educação física é umd<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> mais segur<strong>os</strong> para estabelecer relações naturais entre o homeme as coisas. (GRIFI, 1989, p. 204).Ele revolucio<strong>no</strong>u completamente a pedagogia, iniciando o estudo sistemáticodo animo da criança e introduzido em toda a educação <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> do métodoexperimental.4. FilantropismoOs filantropistas eram benfeitores da humanida<strong>de</strong>, se propunham a educar
- Page 2 and 3:
Universidade Estadual Paulista “J
- Page 5:
DedicatóriaDedico esta monografia
- Page 8 and 9:
AgradecimentosEste trabalho só foi
- Page 10 and 11:
A Marina por encontrar as ultimas p
- Page 12 and 13:
AbstractIsadora Duncan was a dancer
- Page 15 and 16:
5I. IntroduçãoO movimento é a ex
- Page 17 and 18:
7impulsionaram a promover um tímid
- Page 20 and 21:
10contra o puritanismo. De tão uni
- Page 23 and 24:
13Ela levantou-se e protestou dizen
- Page 25 and 26:
15beijos dizendo que ela era a sua
- Page 27 and 28:
17O puritanismo era visto como um c
- Page 29:
19Isadora ganhava muito pouco, esta
- Page 32 and 33:
22dos Salões, onde dançou. (LEVER
- Page 34 and 35:
24Isadora consegue o dinheiro para
- Page 36 and 37:
26Um tempo depois ela conhece um jo
- Page 38 and 39:
28mundanas, só não havia conquist
- Page 40 and 41:
30admirava, observa que Isadora tem
- Page 42 and 43:
32Isadora sempre foi ansiosa por co
- Page 44:
34Em Viena, Isadora cai doente, foi
- Page 47 and 48:
37Quando voltam da sua viagem à Gr
- Page 49 and 50:
39Isadora tinha a idéia que podia
- Page 51 and 52:
41dança como arte de libertação
- Page 53 and 54:
43Isadora responde:Por que separar
- Page 55 and 56:
452004, p. 176-180).Em Moscou, o p
- Page 57 and 58:
47filhas de operários e de desempr
- Page 59 and 60:
49Era pretendido com esses exercíc
- Page 61 and 62:
51de uma hora para outra começa fa
- Page 63 and 64:
53obra. (LEVER, 1988, p. 143-144).E
- Page 65 and 66:
55perto do mar e em junho de 1905 v
- Page 67 and 68:
57Sinfônica de Nova Iorque, fecha
- Page 69 and 70:
59luxo que vivia agora, sente um mi
- Page 71 and 72:
61para a América.Depois Isadora at
- Page 73 and 74:
63Bataille, vem cumprimentá-la pel
- Page 75 and 76:
65Skene dizendo que todas as crian
- Page 77 and 78: 67reanimá-la. À noite, levaram os
- Page 79 and 80: 69esquecera havia tanto tempo.Depoi
- Page 81 and 82: 71com enfeites de buquês de flores
- Page 83 and 84: 73Na manhã seguinte, ele começou
- Page 85 and 86: 75Ela voltou para a Europa, por que
- Page 87 and 88: 77turnê pela Califórnia.Em são F
- Page 89 and 90: 79musical uma dissonância infeliz.
- Page 91 and 92: 81Isadora resolve agir, perambulou
- Page 93 and 94: 83(LEVER, 1988, p. 278).Depois que
- Page 95 and 96: 85Em junho de 1922 eles deixam Berl
- Page 97 and 98: 87marcará a aurora de uma nova era
- Page 99 and 100: 89Isadora nem sabia onde tinha ido
- Page 101 and 102: 91colocaria mais os pés naquele ho
- Page 103 and 104: 93tornou-se necessária.Isadora diz
- Page 105 and 106: 95xingamento em russo que ela conhe
- Page 107 and 108: 97existe no mundo essa coisa chamad
- Page 109 and 110: 99comparece de quando em quando par
- Page 111 and 112: 101E falava pra Mary sobre a saudad
- Page 113 and 114: 103gostaria de experimentar. E vira
- Page 115 and 116: 105Pela dança Isadora reinventa a
- Page 117 and 118: 107obras do compositor Ethelbert Ne
- Page 119 and 120: 109Oh, doce vida pagã apenas perce
- Page 121 and 122: 111patas aveludadas e deixa-se cair
- Page 123 and 124: 113Isadora e NietzscheIsadora tinha
- Page 125 and 126: 115Foi a primeira dançarina americ
- Page 127: 117primordial de que ele tanto fala
- Page 131 and 132: 121nova sociedade. Era predominado
- Page 133 and 134: 123servindo à pátria nas guerras
- Page 135 and 136: 125a ginástica alemã.Criticava os
- Page 137 and 138: 127inteligência e expressão, o mo
- Page 139 and 140: 129Dacroze qualifica seu método co
- Page 141 and 142: 131Trata-se de uma educação execu
- Page 143 and 144: 133George Hebert (1875-1957), conti
- Page 145 and 146: 135Em 1930 fundamentou-se na ginás
- Page 147 and 148: 137III. CONCLUSÃO"Dancei desde o m
- Page 149 and 150: 139coreografias (Dança e/ou Ginás
- Page 151 and 152: 141Nas brincadeiras elas também po
- Page 153 and 154: 143Figura 6 Figura 7 Figura 8Figura
- Page 155 and 156: 145Figura 16 Figura 17 Figura 18Fig
- Page 157 and 158: 147IV. REFERÊNCIASACHCAR, D. Balle
- Page 159 and 160: 149AnexoFrases de Isadora:"Dançar
- Page 161: 151lobrigar no meu caminho. Apreens