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os gestos expressivos de isadora duncan no contexto

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19Isadora ganhava muito pouco, estava sempre esgotada, passava fome etodo tipo <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, mesmo assim, agüentou essa vida por um a<strong>no</strong>.Depois veio a peça teatral Gueixa, Isadora só fingia cantar. Achou tudo umaestupi<strong>de</strong>z, ela já estava aflita, queria m<strong>os</strong>trar ao mundo sua dança, levandoliberda<strong>de</strong> a tod<strong>os</strong>.Um dia Isadora chorando, extremamente cansada <strong>de</strong> toda aquela besteira,diz a Daly que não vai mais representar essas asneiras e que foi feita para a dança,<strong>no</strong> dia seguinte ela pe<strong>de</strong> <strong>de</strong>missão. (DUNCAN, p. 28-31-32-34-40- 41).A Dança para Isadora, não é nem exercíci<strong>os</strong> nem mecânica, não acreditavaser natural andar nas pontas d<strong>os</strong> pés, ou levantar <strong>os</strong> pés mais alto que a cabeça, senão era natural, e pensava: para que exigir isso <strong>de</strong> uma dançarina? Se dançarinasnão são marionetes articuladas. (LEVER, 1988, p. 33).Era ensinado para as crianças <strong>no</strong> balé que a mola central <strong>de</strong> qualquer gestoe movimento era situada <strong>no</strong> centro do dorso, na base da coluna vertebral. Desseeixo que provem <strong>os</strong> moviment<strong>os</strong> livres d<strong>os</strong> braç<strong>os</strong>, das pernas e tronco, dando aoconjunto uma impressão <strong>de</strong> um boneco articulado. (DUNCAN, p. 69).Livre do teatro começa a trabalhar a sua dança. Isadora, seguindo suasinspirações e pensament<strong>os</strong>, ousou abandonar <strong>os</strong> tutu e sapatilhas, para dançar comuma simples túnica, <strong>os</strong> pés nus e <strong>os</strong> cabel<strong>os</strong> solt<strong>os</strong> sobre <strong>os</strong> ombr<strong>os</strong>. Uma aluna daEscola <strong>de</strong> dança, que Isadora conquistou mais tar<strong>de</strong>, Irma, <strong>de</strong>screveu:No instante em que ela avançou para me cumprimentar, <strong>os</strong> pés<strong>de</strong>scalç<strong>os</strong> e com uma túnica branca ate <strong>os</strong> tor<strong>no</strong>zel<strong>os</strong>, só tive olh<strong>os</strong> paraela. Com um prazer pueril [...] Eu nunca havia visto alguém tão encantadore <strong>de</strong> aspecto tão angelical nem alguém vestido daquela maneira. Ao ladodo vestido <strong>de</strong> minha mãe – longo, preto, vitoria<strong>no</strong> -, a roupa simples <strong>de</strong>Isadora lhe dava a aparência <strong>de</strong> uma criatura <strong>de</strong> outro planeta. Fiqueitotalmente enfeitiçada por seu doce sorriso quando ela se incli<strong>no</strong>u parapegar minha mão enquanto eu fazia uma mesura. (KURTH, 2004, p. 188-189).

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