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os gestos expressivos de isadora duncan no contexto

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47filhas <strong>de</strong> operári<strong>os</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregad<strong>os</strong>, foram selecionadas as meninas maisgraci<strong>os</strong>as. Na maioria foi <strong>de</strong>scoberto algum tipo <strong>de</strong> doença. O Dr. Hoffa cuidou dasaú<strong>de</strong> das meninas. (DUNCAN, p. 153).Seguiam a fil<strong>os</strong>ofia <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> Isadora, e adotaram o regime vegetaria<strong>no</strong>.Isadora as alimentavam, as vestia, encarregava-se da educação e saú<strong>de</strong>.Para todas suas discípulas ela dizia:Escutem bem a musica, mas com a alma. Vocês não estão sentindoque há outra pessoa que <strong>de</strong>sperta <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> vocês, e que é essa mesmapessoa que faz vocês levantarem a cabeça, mexer <strong>os</strong> braç<strong>os</strong> e caminharpara frente, na direção da luz? (DUNCAN, p. 70).O ambiente para praticar a dança, para Isadora, <strong>de</strong>veria ser rico em<strong>de</strong>talhes, visando o acolhimento e estímulo a<strong>os</strong> freqüentadores <strong>de</strong> sua Escola. A suapretensão era <strong>de</strong> oferecer às crianças-alunas cenas que promovessem o bem estar,a observação, a apreciação e a criação artística.Acreditava que o ambiente era parceiro <strong>no</strong> processo pedagógico e <strong>de</strong>criação artística <strong>de</strong> sua <strong>no</strong>va dança, pois p<strong>os</strong>sibilitava com o exercício <strong>de</strong>imaginação (visualizado e vivido por ele), a ampliação do repertório <strong>de</strong> movimento egest<strong>os</strong>, bem como o cultural. Dizia ela:...por tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lad<strong>os</strong>, espalhei as apresentações i<strong>de</strong>ais da infância: baix<strong>os</strong>relev<strong>os</strong> e esculturas, livr<strong>os</strong> e quadr<strong>os</strong> em que a criança aparecia tal como<strong>os</strong> artistas, <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> temp<strong>os</strong>, a tinham figurado. Aproveitei também arondas infantis, que adornam o bojo d<strong>os</strong> vas<strong>os</strong> greg<strong>os</strong> (...) Todas essasfiguras estão ligadas por um certo ar <strong>de</strong> família, que se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong> da graçaingênua das suas formas e moviment<strong>os</strong>, como se as crianças <strong>de</strong> todas asida<strong>de</strong>s se reunissem e se <strong>de</strong>ssem as mã<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> sécul<strong>os</strong> em fora (sic). Asmeninas da minha escola, que <strong>de</strong>viam mover-se e dançar <strong>no</strong> meiodaquelas formas à medida que crescessem, iam certamente parecer-secom elas, havia <strong>de</strong> refletir, inconscientemente, n<strong>os</strong> seus gest<strong>os</strong> e n<strong>os</strong> seusr<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, um pouco da alegria e da graça pueril que as cercava. Isso seria oprimeiro passo para par que se tornassem belas, o primeiro passo para a<strong>no</strong>va dança. (DUNCAN, 1989, p.141-142).Preocupada em ambientar a sua casa-Escola, n<strong>os</strong> mol<strong>de</strong>s d<strong>os</strong> seus sonh<strong>os</strong>e, acreditando que isso seria alimento essencial à sua metodologia, comprou,

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