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os gestos expressivos de isadora duncan no contexto

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82G<strong>os</strong>taria que todas as crianças do universo se reunissem numa rodaimensa e que semeassem sob seus pass<strong>os</strong> a alegria e a fraternida<strong>de</strong>.(LEVER, 1988, p. 266).Isadora não sabe dizer quando encontro com Serguei AleksándrovitchIessiênin “o poeta da Revolução” pela primeira vez, mas sem que jamais se tivessevisto, reconheceram-se <strong>no</strong> primeiro olhar.Foi <strong>no</strong> outo<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1921, eles se comunicavam apenas por gest<strong>os</strong> epouquíssimas palavras. (KURTH, 2004, 475).Isadora estava bebendo muito por essa época e Iessiênin também.Eles eram instintiv<strong>os</strong>, nôma<strong>de</strong>s, insubmiss<strong>os</strong> e se<strong>de</strong>nt<strong>os</strong> <strong>de</strong> absoluto.Iessiênin vivia uma espécie <strong>de</strong> boemia dourada, tinha um g<strong>os</strong>to inato pelavida <strong>de</strong>sregrada, tinha reputação <strong>de</strong> epilético, era alcoólatra <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a adolescência.(LEVER, 1988, p. 274-275).Na Rússia ele era uma figura lendária, um exibicionista perig<strong>os</strong>o, seusvers<strong>os</strong> era tristes e sentimentalizad<strong>os</strong>. Ele foi comparado <strong>no</strong> milênio como o JimMorrison da Rússia. (KURTH, 2004, p. 478).Sua arte como a <strong>de</strong> Isadora tinha uma linguagem própria.E quando não bebe é calor<strong>os</strong>o e amigo ter<strong>no</strong>, porém quando bebe se tornaextremamente bruto.Ele estava com 26, Iessiênin dizia que não havia amor, só existiam paixões.Certo dia Iessiênin se aproxima docemente <strong>de</strong> Isadora, e levou-a a enten<strong>de</strong>rque ele queria ficar com ela em seu palácio Balachova, e não mais <strong>de</strong>ixá-la.“viverm<strong>os</strong> eu e você, sempre” disse ele em Francês. (LEVER, 1988, p. 276-278).Isadora imagina que será esse o amor que vai dar <strong>no</strong>vo sentido na sua vida.A vertigem sempre a atraiu. Ama seu próprio medo, diante do abismo quese abre a<strong>os</strong> seus pés. E se agora ela se per<strong>de</strong>sse <strong>de</strong> vez? Sempre foi tãoforte, tão segura <strong>de</strong> si... e eis que começa a duvidar. Embora!”Viver, antes<strong>de</strong> tudo viver! Como sempre o fez. Sem cálcul<strong>os</strong>. Sem frei<strong>os</strong>. Sem meiamedida.Abandonar-se a<strong>os</strong> impuls<strong>os</strong>. Depois?... Depois verem<strong>os</strong>.

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