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1978 Volume VI, 1-2-3, 1º, 2º - Acta Reumatológica Portuguesa ...

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ALGUNS ASPECTOS PSICO-SOCIAIS DOS DOENTES COM A.R.<br />

SILVA, J.P.; PIMENTÃO, J.; NUNES, A.C; QUEIRÓS, M.V.<br />

Núcleo de Reumatologia do Serviço de Medicina IV do H.S.M. Lisboa-Portugal<br />

(Resp.: Dr. Viana Queirós e Prof. Fernando de Pádua)<br />

Sendo a A.R. frequentemente, uma doença altamente incapacitante e invalidante,<br />

preocupamo-nos com a sua repercussão sobre alguns aspectos psíquicos e sociais<br />

dos doentes.<br />

Foram inquiridos 40 doentes (37 Mulheres e 3 Homens) com o diagnóstico de<br />

A.R. (critérios da A.R.A.), de idades compreendidas entre os 20 e os 70 anos, com uma<br />

frequência máxima na quarta década da vida. Todos os doentes frequentavam a Consulta<br />

de Reumatologia do Serviço de Medicina IV do H.S.M.<br />

No que diz respeito à atitude da família perante a doença, verifica-se que em<br />

67,5% dos casos os familiares compreenderam as limitações dos doentes e ajudaram-nos.<br />

Nos outros 22,5%, a família teve» um papel passivo, e em 2,5% negativo.<br />

Por sua vez, 77,5% dos doentes sentem que a família foi atingida em consequência<br />

das suas limitações.<br />

No que respeita à repercussão da doença sobre as suas actividades profissionais,<br />

27,5% dos doentes tiveram necessidade de se» reformar. Destes, 15% pensam que a<br />

reforma foi a melhor maneira de compensar a sua incapacidade, mas 10% gostariam de<br />

ser reclassificados e continuar a trabalhar noutra profissão.<br />

35% dos doentes afirmam que a vida perdeu o interesse depois do início da<br />

doença, 50% já pensou que não vale a pena viver, e destes, 20% fazem-no muito<br />

frequentemente.<br />

Após o início da doença, 17,5% dos indivíduos afirmam ter mais conflitos com a<br />

família, e 7,5% com os amigos, mas a maioria perdeu, entretanto, as suas amizades.<br />

30% dos doentes já consultou um psiquiatra por causa da sua A.R., e 35% toma<br />

regularmente psico-fármacos.<br />

22,©% dos doentes já foram aconselhados a não se tratarem por a doença não<br />

ter «cura», e 15% consultaram videntes e astrólogos.<br />

72,5% dos doentes pensam que em Portugal não há suficiente apoio médico-social<br />

aos doentes reumáticos.<br />

EDUCAÇÃO DO DOENTE REUMATÓIDE<br />

GOMES, E.M.; PALMA, F.; NUNES, A.C; QUEIRÕS M.V.<br />

Núcleo de Reumatologia do Serviço de Medicina IV do H.S.M. — Lisboa<br />

(Resp.: Dr. Viana Queirós e Prof. Fernando de Pádua)<br />

Na nossa perspectiva a educação do doente com Artrite Reumatóide constitui uma<br />

das mais importantes medidas do plano terapêutico desta doença. Constitui igualmente<br />

uma das nossas maiores preocupações.<br />

A fim de avaliarmos o grau de conhecimento dos doentes acerca da sua doença,<br />

40 pacientes (37 do sexo feminino e 3 do sexo masculino) com o diagnóstico de Artrite

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