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1978 Volume VI, 1-2-3, 1º, 2º - Acta Reumatológica Portuguesa ...

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Reumatóide (critérios da A.R.A.), foram inquiridos utilizando um protocolo previamente<br />

estabelecido. As idades oscilaram entre os 20 e os 70 anos e todos frequentavam, em<br />

regime ambulatório, a Consulta Externa de Reumatologia do Serviço de Medicina IV do<br />

Hospital de Santa Maria.<br />

A maioria dos doentes (75%) conhecia o nome da sua doença, e 82,5% afirmaram<br />

saber como ela pode evoluir, por via de regra, com e sem tratamento. A grande maioria<br />

dos doentes (97,5%) afirmou tomar os medicamentos receitados e 67,5% conheciam os<br />

efeitos adversos principais dos fármacos que tomavam.<br />

55% dos doentes faziam, deliberadamente, mais repouso do que antes de adoecer,<br />

e 42,5% fraccionavam-no por períodos curtos ao longo do dia.<br />

60% dos doentes faziam diariamente exercícios para as suas articulações, e<br />

90% apareciam regularmente nas consultas.<br />

A grande maioria dos inquiridos (75%) considerou útil a distribuição pelos doentes<br />

de panfletos ou pequenos livros, escritos por médicos, acerca da A.R. e 82,5% pensam<br />

que aulas ministradas aos doentes por especialistas seriam muito úteis.<br />

ARTRITE REUMATÓIDE E TRABALHOS DOMÉSTICOS<br />

SANTO, J.E.; GOMES, E.M.; NUNES, A.C; QUEIRÓS, M.V.<br />

Trabalho de colaboração entre o Núcleo de Reumatologia do Serviço de Medicina<br />

IV e a cadeira de Medicina Comunitária da F.M.L. — H.S.M.<br />

Lisboa — Portugal<br />

Porque a população feminina portuguesa, não obstante a viragem que se vem<br />

verificando nos últimos anos, pertence na sua maior parte ao grupo das domésticas, e<br />

porque a Artrite Reumatóide é, predominantemente, uma doença do sexo feminino, fomos<br />

avaliar a capacidade para a execução dos trabalhos domésticos d© 37 doentes com o<br />

diagnóstico de Artrite Reumatóide, segundo os critérios da A.R.A.<br />

A idade das doentes variou entre os 20 e os 70 anos, com uma frequência máxima<br />

na quarta década da vida.<br />

Estudaram-se vários parâmetros:<br />

Assim, no que respeita à «limpeza da casa», apenas 18,9% das doentes a pode<br />

fazer sem qualquer ajuda, carecendo as restantes 81,1% das ajudas mais variadas.<br />

No que concerne à «lavagem da roupa», só 8,1 % a consegue realizar sem qualquer<br />

ajuda. 40,5% das doentes não a consegue lavar, mas este número é, possivelmente,<br />

maior visto 51,5% das doentes possuir máquina de lavar.<br />

43,2% das doentes prepara as refeições sem auxílio, mas 56,8% necessita de<br />

ajudas que vão desde os simples dispositivos de compensação até ao auxílio de outrem.<br />

11 % das doentes não consegue sair de casa para fazer as compras. Embora a maioria<br />

(67,5%) consiga utilizar os transportes públicos para se deslocar, 48,6% carece de<br />

auxílio para subir para os estribos dos autocarros e dos eléctricos.<br />

No que diz respeito à realização de trabalhos manuais muito comuns às donas<br />

de casa, verificámos que 24,3% não consegue manejar moedas, 15% não é capaz de<br />

acender fósforos, 32,4% tem muita dificuldade em utilizar o telefone, 66% não consegue<br />

costurar e 51,3% necessita de ajuda para abrir as portas de casa.<br />

Cerca de metade das doentes—48,5%—não habita em rés-do-chão e 35,1% não<br />

possui elevador nas suas casas.<br />

Finalmente, e no que diz respeito às ajudas que as doentes recebem com vista à<br />

realização do seu trabalho, constatámos que só 8,1% tem empregada doméstica, só<br />

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