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1978 Volume VI, 1-2-3, 1º, 2º - Acta Reumatológica Portuguesa ...

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ESTUDO MORFOLÓGICO EXPERIMENTAL DA MUCOSA<br />

GÁSTRICA NO RATINHO SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO<br />

«PER OS» IBUPROFEN<br />

TEIXEIRA, A.V.; ABRUNHOSA, R.<br />

Serv. Prop. Méd. — Divisão de Gastroenterologia e Centro de Morfologia<br />

Experimental. Instituto de Anatomia da Fac. Méd Univ. do Porto<br />

Em trabalho anterior (') estudamos, através do teste da pentagastrina, da endoscopia<br />

e da microscopia óptica e electrónica, o comportamento da mucosa gástrica em<br />

doentes reumáticos sob tratamento pelo Ibuprofen. Os resultados mostraram que a droga<br />

foi muito bem tolerada, não se tendo encontrado modificações significativas da mucosa<br />

gástrica; todavia em 3 dos 7 doentes estudados foram observados, nos poios basais de<br />

células de superfície, vacúolos gigantes, cuja natureza não pôde ser estabelecida e cuja<br />

etiologia não pôde ser provada como da responsabilidade ou não do Ibuprofen. O presente<br />

trabalho foi realizado com a finaiidade de, experimentalmente, tentarmos elucidar este<br />

facto. Ibuprofen em solução aquosa (doses diárias de 1.050 microgramas, 3.150 microgramas<br />

e 27 mg.) foi administrado, por entubação esofágica, a ratinhos em dietas normal,<br />

durante duas semanas. Ratinhos em jejum receberam uma dose diária de 1.050 microgramas<br />

e 27 mg. durante, respectivamente, 3 e 5 dias.<br />

Após perfusão e fixação em glutaraldeído, a mucosa gástrica foi estudada por<br />

estereomicroscopia e, posteriormente-, após preparação adquada por microscopia óptica<br />

e electrónica. Observaram-se vacúolos gigantes, semelhantes aos anteriormente descritos<br />

('), alterações nucleares, diminuição do número de grãos de muco e fenómenos<br />

de antofagia<br />

Na lâmina própria, células, provavelmente fibroblastos, evidenciaram um RER<br />

muito aumentado e em continuidade com a cisterna perinuclear. A dose correspondente<br />

a 3 X LDso produziu descontinuidade do epitélio, rotura da membrana basal, edema da<br />

lâmina própria e alargamento dos esforços intracelulares.<br />

Discute-se as implicações e o possível significado das alterações observaiiss.<br />

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(') A. Vasconcelos Teixeira, Rui Abrunhosa e Licínio Poças. J. Int. Med. Res. 5: 243-252, 1977.

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