Elas por elas 2009
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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[ Mulher e sindicalismo ]
Profissão doméstica
por Débora Junqueira
Débora Junqueira
Maria Ilma, presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas em Minas Gerais, enfrenta os desafios de organizar a categoria.
Dos 6,7 milhões de trabalhadores domésticos
no Brasil, apenas 6,2% são homens, ou seja, é uma
área predominantemente de mulheres, que em geral
são negras e com baixo nível de escolaridade. Os
dados da Pesquisa Nacional por Domicílio (PNAD)
de 2007, também revelam que houve um aumento
do registro em carteira entre os trabalhadores
domésticos de 16 a 59 anos no Brasil, de 5,5% em
relação a 2005. A estimativa é de que 27% das
domés ticas estejam no mercado formal, portanto, à
margem dos direitos trabalhistas básicos.
Vítimas das desigualdades sociais, são mulheres
oriundas de famílias pobres urbanas e rurais que,
normalmente, não tiveram acesso à educação, o que
torna peculiar a profissão doméstica, ainda vista
como um resquício da escravidão; uma categoria
ligada a três fatores históricos de discriminação:
gênero, classe e raça. É a maior categoria profis -
sional feminina e negra no mundo do trabalho.
As trabalhadoras domésticas são vítimas de extensas
jornadas, assédio moral e sexual, maustratos,
baixos salários e outros problemas, com um
agravante: a proximidade muito maior da trabalhadora
com os empregadores, vivenciando os conflitos
do ambiente familiar . Segundo o Estudo do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
23% das crianças e adolescentes de 10 a 14 anos
empregadas no trabalho doméstico desempenham
jornadas acima de 48 horas semanais. Número que
sobe para 30% na faixa dos 15 aos 17 anos. Estimase
que 500 mil crianças e adolescentes brasileiros
entre 5 e 17 anos estão no trabalho doméstico.
ELAS POR ELAS - AGOSTO DE 2009 11