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Elas por elas 2009

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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[ Mulher e sindicalismo ]

várias pessoas. Atualmente, a sede da entidade,

cedida pela Prefeitura de Belo Horizonte, fica no

Bairro Santa Tereza, em uma casa velha e precária

que é dividida com outros movimentos populares.

Em depoimento ao jornal Fêmea (n. 143/2005),

do Centro Feminista de Estudos e Assessoria

(Cfêmea), a presidente da Federação Nacional das

Tra balhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza

Maria Oliveira, definiu bem o desafio da profissão de

do méstica e o que está no pano de fundo da socie -

da de em relação a esse trabalho. “Mudar a menta -

lidade da sociedade não é brincadeira, existe ainda

muito machismo, racismo e visão capitalista e é

assim que olham para o trabalho doméstico. Racis -

mo porque ainda acham que só a mulher negra deve

fazer esse trabalho; machista, pois pensam que só

mulher pode fazer trabalho doméstico. Hoje isso já

mudou muito, mas os próprios homens ainda são

julgados de forma preconceituosa e como se fossem

afeminados; e capitalista, porque o trabalho domés -

tico não gera lucro para o patrão e assim não é

considerado trabalho”. f

Principais lutas do

movimento das domésticas

1936 - Fundação da Associação Profissional

das Empregadas Domésticas da

cidade de Santos (SP) por Laudelina de

Campos Melo. A categoria se organiza para

expor as mazelas de uma vida privada do

mundo político.

1950 - O grupo se fortalece a partir da

relação com o Teatro Experimental do

Negro e com a Juventude Operária Católica

(JOC). Esta última foi fundamental para

que fossem criadas associações em municípios

de diferentes regiões: Recife, João

Pessoa, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de

Janeiro, Piracicaba, São Paulo etc.

1968 - A classe começa a organizar

congressos nacionais, a cada quatro anos,

nos quais se sobressaem algumas militantes:

Laudelina de Campos Melo, Lenira

Carvalho, do Recife; Maria Odete Conceição

e Anazir de Oliveira (Zica), do Rio de

Janeiro; Eva Cardoso, do Rio Grande do Sul;

entre outras.

1988 - Com os ares da redemocratização,

em 1980, elaboram uma pauta de direitos

para a Constituinte e apresentam

suas propostas em diversas campanhas e

viagens a Brasília (DF). É também nessa

época que, além de incorporar uma luta

por direitos trabalhistas, envolvem-se com

a agenda política do movimento negro e

das feministas. Nesta fase do movimento

político das trabalhadoras domésticas,

destacam-se Ana Semião, do sindicato de

Campinas, e Creuza Maria de Oliveira, do

sindicato de Salvador.

1997 - criada a Federação Nacional das

Trabalhadoras Domésticas. No governo de

Luiz Inácio Lula da Silva, as trabalhadoras

domésticas são convidadas a integrar o

Conselho Nacional de Promoção da Igualdade

Racial. Em 2005, o Ministério do Trabalho

lançou o programa Trabalho Doméstico

Cidadão, voltado à qualificação social e

profissional da categoria.

Ilustrações de Miguel Paiva

Cartilha Direitos das Mulheres - Empregada Doméstica - IDAC - 1986

Fonte: UnB

14 ELAS POR ELAS - AGOSTO DE 2009

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