Elas por elas 2009
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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[ Mulher e trabalho ]
Mulheres em tempos de crise
por Jalmelice Luz
Saulo Martins
Na Praça 7, em Belo Horizonte, que observa o vai-e-vem de pessoas não imagina as transformações no mundo do trabalho.
Por volta de cinco às seis horas da manhã,
passar no centro da cidade de Belo Horizonte pode
ser um exercício para observadores, uma surpresa
para os desavisados ou a percepção de que alguma
coisa mudou no mundo do trabalho. Nesses horários
um batalhão de mulheres percorre as ruas da
cidade, embarca e desembarca nos ônibus coletivos,
dirigindo-se ao trabalho ou voltando dele para outras
jornadas. Este vai-e-vem de adolescentes,
jovens e mulheres maduras se acalma por volta das
oito horas, quando os carros e buzinas tomam conta
das ruas e o frenesi para a chegada aos escritórios,
comércio, repartições, escolas, empresas se intensifica.
É outra leva de pessoas na garantia do pão
nosso de cada dia. Neste momento não é possível
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identificar quem são essas pessoas, diante da pressa
e da rapidez do tráfego.
Mas, pode-se lançar mãos de indicadores
confiáveis que apontam um crescimento massivo
das mulheres tanto no trabalho quanto na informalidade
nas últimas décadas. A população
feminina ocupada ou à procura de emprego passou
de 46% em 1996, para 52,4% em 2007. Ela permanece,
no entanto, inferior à taxa de participação
dos homens, que em 2007 alcançou 72,4%. E é no
espaço de trabalho que as discriminações,
desigualdades e preconceitos tornam-se mais
evidentes. As mulheres chegam ao mercado de
trabalho, mas em ocupações diferentes daquelas
preenchidas pelos homens.
ELAS POR ELAS - AGOSTO DE 2009