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Elas por elas 2009

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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[ Mulheres na política ]

trapartida, Alagoas foi o estado que elegeu propor -

cionalmente mais mulheres, foram 20 eleitas nas 120

prefeituras. Nas regiões Sul e Sudeste, mais de 90%

dos municípios elegeram homens para governar. Os

estados do Nordeste abrigam o maior número de votos

para as mulheres.

Em 1997, houve uma alteração na lei eleitoral que

obrigou os partidos políticos a reservarem 30% de suas

vagas para candidaturas de mulheres, com o objetivo

de diminuir a distorção na participação feminina na

política. No entanto, na prática a medida ainda não

é respeitada.

Para tentar reverter esse quadro, a lei será revista

por uma comissão interministerial criada pela Secretaria

Especial de Políticas para Mulheres. A

novidade pode ficar por conta da criação de

penalidades para as legendas que desrespeitarem as

cotas destinadas às Mulheres nas câmaras federal e

municipais e nas assembleias legislativas. A revisão

da legislação pretende pôr fim à armadilha que

transformou em teto o que deveria ser piso, como

demonstra a pesquisa Mulheres sem espaço no

poder, do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE).

Pouca participação na política

De acordo com essa pesquisa, a pouca participação

feminina na política nacional – em torno de 12% do total

das cadeiras para deputados federais e estaduais – devese

fundamentalmente à forma como a lei foi redigida.

Para os pesquisadores, a subrrepresentação feminina

na política – as Mulheres são 51,5% do eleitorado

brasileiro – poderia ser corrigida com a adoção da

política de cotas por assento para parlamentares do

sexo feminino. Apesar de os partidos estarem obrigados

há 11 anos a destinar três de cada dez vagas a mulheres,

muitos burlam a norma por falta de punição e reservam

mais vagas a candidaturas de homens.

A cota dos 30% trouxe uma melhora no percentual

de participação de mulheres na política. Os

números saltaram de 7,4% de mulheres no total de

vereadores nas eleições de 1992 – antes da lei – para

12,7% nas eleições de 2004. Mas esse incremento não

bastou para tirar o Brasil da 142ª posição no ranking

de participação feminina nos parlamentos do mundo,

vindo atrás de países como Equador e Moçambique,

como demonstra um levantamento da União Interparlamentar.f

48 ELAS POR ELAS - AGOSTO DE 2009

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