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Elas por elas 2009

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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[ Capa ]

Helena Greco

Militante de Direitos Humanos

D. Helena Greco nasceu em Abaeté, em 1916.

Farmacêutica de formação, começou a militar aos 61

anos de idade, em 1977. Sua participação política, reconhecida

nacional e internacionalmente,

tem

como marco a luta pela

Anistia Ampla Geral e

Irrestrita, da qual ela se

tornou praticamente sinô -

nimo. Foi presidente e

fundadora do Mo vi mento

Feminino pela Anistia/MG

(1977) e do Comitê

Brasileiro de Anistia/MG

(1978); ajudou a construir e foi membro do Comitê

Executivo Nacional/CEN dessas entidades. Foi ainda

a representante do Brasil no Congresso pela Anistia do

Brasil em Roma, em 1979. Sob sua direção, o 8 de

março, Dia Internacional da Mulheres, passou a ser

comemorado publicamente em Belo Horizonte (1978).

Exerceu dois mandato s como vereadora de Belo

Horizonte pelo PT (1983-1992), do qual foi fundadora.

Em 1983, na Câmara Municipal de Belo Horizonte,

conseguiu aprovar a Comissão Permanente de Direitos

Humanos – a primeira do gênero no Brasil. Ela fundou,

em 1987, o Movimento T ortura Nunca Mais/MG. Em

1993, por sua iniciativa, tomou posse na Prefeitura de

Belo Horizonte a Comissão Paritária de Mulheres, com

o objetivo de lutar pela construção de uma Casa Abrigo

para mulheres em situação de violência. Em 1996, essa

comissão evoluiu para o Conselho Municipal da Mulher.

No ano de 1995, foi idealizadora e uma das

coordenadoras do Fórum Permanente de Luta pelos

Direitos Humanos de BH. Criou a Coordenadoria de

Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo

Horizonte – na administração de 2003-2006. Em 2005,

D. Helena Greco foi uma das cinquenta e duas

brasileiras que integraram a lista do Projeto Mil Mulheres

para o Prêmio Nobel da Paz , in iciativa da

Fundação Suíça pela Paz e Associação Mil Mulheres.

Fonte: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.

Angela Pezutti

Funcionária aposentada da UFMG

Nascida em Araxá, veio para Belo Horizonte em

1964, indo trabalhar na área administrativa da

Universidade Federal de Minas Gerais. Membro de uma

família de corajosos

militantes, vivenciou de

perto a repressão do

regime militar e teve gran -

de atuação na luta contra

a ditadura e pela anistia

aos presos polí ti cos. Em

1969, seu sobrinho Ânge -

lo, filho de Carmela Pezu -

tti, foi preso, e ela tomou

conhecimento das ações

clandestinas e a ssaltos a b ancos. V iu s ua i rmã,

Carmela, membro da Organização Colina, ser presa

dentro de s ua c asa e d esaparecer. C omo h avia

recebido uma carta, interceptada pelo Exército,

contando o nde a i rmã e stava, f oi c hamada p ara

depor. A partir daí, se uniu aos familiares de outros

presos, formando um coletivo de mulheres com a

participação de mães e donas de casa para ajudar os

presos. Esse grupo se reunia nas casas e nas igrejas

e ela ajudou a salvar a vida de muita gente. Em 1969,

com a troca do embaixador americano, os sobrinhos

Ângelo e Murilo foram libertados. Carmela, que

também fora libertada no sequestro do embaixador

suíço, foi com os filhos para o exílio, no Chile. Com o

golpe militar naquele país, em 1973, os militantes se

espalharam. Com a Anistia, ela e o filho Murilo

voltaram ao Brasil. Ângelo morreu num acidente de

moto em Paris. Ela respondeu um processo como

subversiva, enquadrada nos artigos da Lei de Segurança

Nacional, acusada de promover guerra subversiva

diversa, desacatar autoridade e utilizar meios públicos

para fazer propaganda subversiva. O processo não foi

adiante por falta de provas. Na luta pela anistia

participou da formação do Movimento Feminino pela

Anistia no estado, sendo eleita vice-presidente do

movimento ao lado da presidente D. Helena Greco.

Depois continuou apoiando os anistiados e ex-exilados.

34 ELAS POR ELAS - AGOSTO DE 2009

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