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Elas por elas 2009

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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[ Fórum Social 2009 ]

climática, alimentar. “A sensibilidade, a coragem e a

força das ativistas, presentes ao Fórum, dão o recado

de que é possível transfomar esse mundo a partir de

novos conceitos como solidariedade, diálogo,

autosoberania, integração. Juntas podemos construir

saídas coletivas para os problemas trazidos pela

globalização neo liberal, pelo s conflitos armados,

como o da Palestina, pela mercantilização da

educação, pela destruição de ecossistemas

importantes para o nosso planeta, como a Amazônia”,

destaca.

O Fórum Social Mundial é visto como um espaço

de contestação do sistema político-econômico vigente.

Para Rosa Guillen, do movimento de mulheres de

Arequipa, Peru, a discriminação e a opressão em

relação às mulheres é anterior ao capitalismo. “Infelizmente,

o capital, que controla nossos meios de

vida, a água, as sementes, os conhecimentos da

medicina tradicional, sabe aproveitar essa dominação

também sobre as mulheres. Usa muitas formas

modernas para dizer, por exemplo, que somos livres,

enquanto explora nosso corpo, nosso tempo e nossa

capacidade criativa. Muitas mulheres trabalham

como assalariadas, em jornadas de trabalho extenuantes,

pela metade do salário dos homens”,

aponta.

A jovem Janeth Fernandes, da Frente Nacional

Campesina Ezequiel Zamora, veio da cidade de

Apure, na Venezuela, para reforçar a luta das mulheres,

presentes ao Fórum, por outro modelo de integração

entre os povos. “Nós, mulheres campesinas

da Venezuela, lutamos pelo socialismo do século XXI

em nosso país e na América Latina, que está passando

por grandes mudanças”, diz.

Já Norma Quito, de Guayaquil, Equador, disse ter

ido a o F órum p ara a poiar o p rocesso d e t ansformação

social que está sendo promovido em seu país

pelo presidente Rafael Correa, e que tem sido

combatido por setores conservadores. “A imprensa

tem dito muitas coisas sobre o governo que não são

verdade. Essa é uma estratégia da direita contra os

camponeses e contra as mulheres equatorianas,

que querem as mudanças que estão acontecendo em

nossa nação e em nosso continente”, denuncia.

Emocionada por participar do que considera ser

um momento histórico, Francisca Gama, trabalhadora

rural de Açailândia, Maranhão, afirma que é

bom saber que há outras mulheres no mundo o que

resistem, com força e coragem, aos mesmos problemas

sociais. “É bom sentir e acreditar que, juntas,

podemos mudar a nossa realidade”, diz. Com o

mesmo propósito, as professoras e diretoras do Sinpro

Minas, Celina Arêas, Rossana Spacek, Nalbar Rocha

e Maria das Graças de Oliveira, participaram das

discussões de gênero e das diversas atividades

durante o Fórum Social, partilhando a luta das mulheres

do mundo reunidas em Belém do Pará.

O próximo FSM será em Dakar , capital de

Senegal, na África, em 2011. Antes disso, outros

encontros e fóruns regionais e temáticos devem

acontecer pelo mundo. No Brasil, em janeiro de 2010,

haverá um grande encontro para celebrar os 10 anos

da diversidade representada pelo Fórum Social

Mundial, em Porto Alegre. Certamente, em todos

esses fóruns, as mulheres estarão lá com suas

bandeiras por um mundo mais justo e solidário.f

Dimas Eneias

6 ELAS POR ELAS - AGOSTO DE 2009

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