06.04.2013 Views

TOMO I - VOL. 1 - Diagnóstico - Governo do Estado de Pernambuco

TOMO I - VOL. 1 - Diagnóstico - Governo do Estado de Pernambuco

TOMO I - VOL. 1 - Diagnóstico - Governo do Estado de Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3.9 EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS<br />

O conhecimento da equação que relaciona intensida<strong>de</strong>, duração e frequência (IDF)<br />

da precipitação pluvial é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para os projetos <strong>de</strong> obras<br />

hidráulicas, tais como galerias <strong>de</strong> águas pluviais, bueiros, sarjetas, reservatórios <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tenção em áreas urbanas, verte<strong>do</strong>res <strong>de</strong> barragens e sistemas <strong>de</strong> drenagem<br />

agrícola em áreas rurais, que necessitam <strong>de</strong>finir a chuva <strong>de</strong> projeto para estimar a<br />

vazão <strong>de</strong> projeto <strong>do</strong>s mesmos. Como geralmente não se dispõe <strong>de</strong> registros<br />

fluviométricos em pequenas e médias bacias, para os projetos <strong>de</strong> drenagem é<br />

necessário estimar as vazões <strong>de</strong> projeto com base na série histórica <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

chuvas <strong>de</strong> pequena duração e intensida<strong>de</strong> elevada, também conhecidas como<br />

chuvas intensas.<br />

Além disso, no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> é comum a existência <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>stinadas à<br />

agricultura que possuem condições <strong>de</strong>sfavoráveis <strong>de</strong> drenagem natural e que<br />

necessitam <strong>de</strong> um controle <strong>de</strong> irrigação e <strong>de</strong> drenagem eficientes. Portanto, a<br />

<strong>de</strong>terminação da equação <strong>de</strong> chuvas intensas é <strong>de</strong> fundamental importância para os<br />

engenheiros projetistas <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> drenagem.<br />

A equação <strong>de</strong> chuvas intensas também é um instrumento importante para uma<br />

Política <strong>de</strong> Drenagem Urbana e Rural, na visão da sociologia, quanto aos aspectos<br />

socioeconômicos <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> (custo da obra relaciona<strong>do</strong> com o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

retorno escolhi<strong>do</strong> para um projeto), e da hidrologia estatística no que diz respeito ao<br />

risco hidrológico (escolha <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> recorrência) e na <strong>de</strong>terminação das chuvas<br />

<strong>de</strong> projeto. O tempo <strong>de</strong> recorrência e a chuva <strong>de</strong> projeto fazem parte <strong>do</strong>s objetivos<br />

<strong>de</strong> um plano diretor <strong>de</strong> drenagem urbana, sen<strong>do</strong> uma peça técnica importante e um<br />

<strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor político.<br />

Em função <strong>do</strong> exposto acima, foram <strong>de</strong>terminadas, nesse estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> diagnóstico<br />

hidroambiental da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Ipojuca, as equações <strong>de</strong> chuvas intensas<br />

para diferentes localida<strong>de</strong>s.<br />

3.9.1 Relação entre chuvas <strong>de</strong> diferentes durações<br />

Em regiões on<strong>de</strong> há escassez <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> estações pluviográficas e torna-se<br />

necessário <strong>de</strong>terminar equações <strong>de</strong> chuvas intensas, po<strong>de</strong>-se utilizar a meto<strong>do</strong>logia<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sagregação da chuva <strong>de</strong> um dia (precipitação registrada por pluviômetros, isto<br />

é, medida realizada em uma <strong>de</strong>terminada hora <strong>do</strong> dia e que correspon<strong>de</strong> ao total<br />

diário) em chuvas <strong>de</strong> menor duração, a partir <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pluviômetros, como a<br />

proposta pelo Méto<strong>do</strong> das Relações como em CETESB (1986).<br />

No trabalho da CETESB (1986) foi <strong>de</strong>senvolvida uma tabela com razões entre as<br />

precipitações para 24h, 12h 10h, 8h, 6h, 1h, 30min, 25min, 20min, 15min, 10min,<br />

5min; relacionadas a diferentes tempos <strong>de</strong> retorno. Tais razões pu<strong>de</strong>ram ser<br />

validadas segun<strong>do</strong> a relação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s pluviométricos e pluviográficos coleta<strong>do</strong>s em<br />

98 postos da região (Pfafstetter, 1982).<br />

A partir <strong>de</strong> tabelas <strong>de</strong> “altura pluviométrica-duração-frequência” <strong>do</strong>s postos<br />

pluviográficos processa<strong>do</strong>s pelo DNOCS, e que são apresentadas por CETESB<br />

(1986), essas relações po<strong>de</strong>m ser calculadas para cada posto em particular. Tais<br />

relações in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> retorno e os erros médios variam <strong>de</strong> 5 a 8%,<br />

que são da mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za <strong>do</strong>s erros <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s a <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong><br />

63

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!