TOMO I - VOL. 1 - Diagnóstico - Governo do Estado de Pernambuco
TOMO I - VOL. 1 - Diagnóstico - Governo do Estado de Pernambuco
TOMO I - VOL. 1 - Diagnóstico - Governo do Estado de Pernambuco
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A escolha <strong>do</strong> tipo da série <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> tamanho da mesma e <strong>do</strong> objetivo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />
As séries parciais fornecem resulta<strong>do</strong>s mais consistentes para perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> retorno<br />
inferiores a 5 anos, e número <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s menores que 12 anos (Tucci, 2004).<br />
Além disso, as duas séries contemplam, praticamente, os mesmos resulta<strong>do</strong>s para<br />
perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> retorno superiores a 10 anos (CETESB, 1986).<br />
O critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, no diagnóstico hidroambiental da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio<br />
Ipojuca, para o estabelecimento das séries foi o <strong>de</strong> séries anuais. A análise <strong>de</strong><br />
frequência das séries anuais, para uma dada duração, será realizada aplican<strong>do</strong>-se<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> extremos.<br />
3.9.3 Mo<strong>de</strong>los probabilísticos para da<strong>do</strong>s hidrológicos<br />
A formulação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los é um processo iterativo on<strong>de</strong> se inicia com um mo<strong>de</strong>lo<br />
escolhi<strong>do</strong> que, por inspeção gráfica <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong> representar razoavelmente<br />
suas características principais. A seguir, <strong>de</strong>termina-se on<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo falha,<br />
plotan<strong>do</strong>-se os valores ajusta<strong>do</strong>s pelo mo<strong>de</strong>lo e comparan<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s<br />
observa<strong>do</strong>s. As discrepâncias entre os valores <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo e os observa<strong>do</strong>s darão<br />
idéia <strong>de</strong> como o mo<strong>de</strong>lo escolhi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser modifica<strong>do</strong> (Tucci, 2004). Portanto, a<br />
função <strong>de</strong> utilizar mo<strong>de</strong>los teóricos <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>, em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
chuvas intensas é <strong>de</strong> fazer uma ponte entre as distribuições empíricas (amostra<br />
conhecida) e as distribuições populacionais (amostra completa), procuran<strong>do</strong> manter<br />
as características das séries históricas e gerar extrapolações <strong>de</strong> uma população.<br />
Para efeito <strong>do</strong> diagnóstico hidroambiental da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Ipojuca, foram<br />
empregadas as distribuições <strong>de</strong> Gumbel e <strong>de</strong> Weibull. Tais mo<strong>de</strong>los foram<br />
escolhi<strong>do</strong>s em função <strong>de</strong> sua aplicabilida<strong>de</strong> em outros trabalhos sobre chuvas<br />
intensas realiza<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong> o território nacional, principalmente o Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Gumbel que na gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s é o que melhor se ajusta<br />
aos da<strong>do</strong>s das séries obtidas, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com outras distribuições.<br />
CRUCIANI (1980) afirma que a distribuição <strong>de</strong> Gumbel é a mais apropriada para<br />
essas análises, segun<strong>do</strong> a opinião da literatura especializada.<br />
3.9.4 Determinação <strong>do</strong>s parâmetros da equação <strong>de</strong> chuva intensa<br />
Conforme TUCCI (2004), para fins <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> obras hidráulicas, os estu<strong>do</strong>s das<br />
ocorrências <strong>de</strong> chuvas têm como finalida<strong>de</strong> o conhecimento <strong>de</strong> três gran<strong>de</strong>zas que<br />
caracterizam as precipitações máximas e que são parâmetros <strong>de</strong> uma equação <strong>de</strong><br />
chuvas intensas, sen<strong>do</strong> eles: intensida<strong>de</strong>, duração e frequência.<br />
A equação utilizada para relacionar intensida<strong>de</strong>, duração e frequência da<br />
precipitação pluvial apresenta a seguinte forma geral (Villela e Mattos, 1975). É por<br />
meio <strong>de</strong> tais equações que são geradas as curvas IDF.<br />
a<br />
K × Tr<br />
i = (5)<br />
c<br />
( t + b)<br />
Em que:<br />
i - intensida<strong>de</strong> máxima média <strong>de</strong> chuva, mm/h;<br />
66