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O Teorema de Stokes em Variedades - Fernando UFMS/CPAq

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3.2 <strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> <strong>de</strong> <strong>Stokes</strong> 51<br />

3.2 <strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> <strong>de</strong> <strong>Stokes</strong><br />

Nesta sessão, nossa meta será a <strong>de</strong>monstração do teor<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>Stokes</strong> <strong>em</strong> vari-<br />

eda<strong>de</strong>s compactas 4 e orientáveis. E por este motivo todas as varieda<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas a<br />

partir <strong>de</strong> agora serão compactas e orientáveis, salvo apenas menção contrária.<br />

Para as primeiras consi<strong>de</strong>rações, limitar<strong>em</strong>os ao caso <strong>em</strong> que M n = R n , isto é,<br />

consi<strong>de</strong>rar<strong>em</strong>os a varieda<strong>de</strong> diferenciável n−dimensional (não compacta) R n .<br />

Definição 3.2.1. Seja ω uma forma diferencial <strong>de</strong>finida <strong>em</strong> um conjunto aberto U ⊂ M n ,<br />

<strong>de</strong>finimos o suporte K <strong>de</strong> ω como o fecho 5 do conjunto A = {p ∈ M n | ω(p) = 0}.<br />

como<br />

Consi<strong>de</strong>rando ω uma n−forma diferencial <strong>em</strong> R n , então po<strong>de</strong>mos escrever ω<br />

ω = a(x1, · · · , xn)dx1 ∧ · · · ∧ dxn. (3.9)<br />

E supondo que o suporte K <strong>de</strong> ω seja compacto e esteja contido <strong>em</strong> U, então<br />

<strong>de</strong>finimos a integral <strong>de</strong> ω sobre U por<br />

<br />

U<br />

<br />

ω =<br />

K<br />

adx1 · · · dxn, (3.10)<br />

on<strong>de</strong> no lado direito da igualda<strong>de</strong> t<strong>em</strong>os uma integral múltipla <strong>em</strong> R n .<br />

Observar<strong>em</strong>os agora as estreitas relações entre a integral <strong>de</strong> uma n−forma<br />

<strong>de</strong>finida <strong>em</strong> R n e uma n−forma <strong>de</strong>finida <strong>em</strong> uma varieda<strong>de</strong> diferenciável qualquer M n .<br />

Consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os ω uma n−forma <strong>de</strong>finida <strong>em</strong> uma varieda<strong>de</strong> diferenciável M n ,<br />

e suponha que o suporte K <strong>de</strong> ω esteja contido <strong>em</strong> alguma vizinhança coor<strong>de</strong>nada Vα =<br />

fα(Uα). então, sendo a representação local <strong>de</strong> ω, ωα <strong>em</strong> Uα dada por<br />

e <strong>de</strong>ssa forma po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir a integral<br />

ωα = aα(x1, · · · , xn)dx1 ∧ · · · ∧ dxn, (3.11)<br />

<br />

M<br />

<br />

ω =<br />

Vα<br />

<br />

ωα =<br />

Uα<br />

aαdx1 · · · dxn, (3.12)<br />

on<strong>de</strong> o lado direito da igualda<strong>de</strong> expressa uma integral múltipla usual <strong>em</strong> R n .<br />

4 Aqui o termo compacto terá o mesmo significado que o <strong>em</strong>pregado na topologia geral, uma vez que<br />

uma varieda<strong>de</strong> é um espaço topológico. Vi<strong>de</strong> <strong>de</strong>finição (6.0.19) e o teor<strong>em</strong>a (6.0.13) no apêndice B.<br />

5 Trata-se do conjunto dos pontos a<strong>de</strong>rentes. Ver <strong>de</strong>finição (6.0.17) no apêndi<strong>de</strong> B.

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