O Teorema de Stokes em Variedades - Fernando UFMS/CPAq
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3.2 <strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> <strong>de</strong> <strong>Stokes</strong> 56<br />
Dessa forma, f −1<br />
α (p) = (0, x2, · · · , xn) ∈ Uα. Chamando U α = Uα∩{(x1, · · · , xn) ∈<br />
R n | x1 = 0}, po<strong>de</strong>mos observar que U α será um aberto <strong>em</strong> R n−1 . Basta então consi<strong>de</strong>rar<br />
f α a restrição <strong>de</strong> fα a U α e, pelo teor<strong>em</strong>a (3.2.3), segue que f α(U α) ⊂ ∂M. E ainda, a<br />
família {(U α, f α)} será uma estrutura diferenciável <strong>em</strong> ∂M.<br />
Se M n é uma varieda<strong>de</strong> diferenciável orientável com fronteira, então a ori-<br />
entação <strong>de</strong> M n induz uma orientação <strong>em</strong> ∂M, e diz<strong>em</strong>os que ∂M possui a orientação<br />
induzida por M. E a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>ste resultado po<strong>de</strong> ser encontrada na referência [3].<br />
Finalmente, com as <strong>de</strong>finições e resultados anteriores, po<strong>de</strong>mos enunciar e<br />
provar o teor<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>Stokes</strong> <strong>em</strong> uma varieda<strong>de</strong>.<br />
<strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> 3.2.5. (<strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> <strong>de</strong><strong>Stokes</strong>). Sejam M n uma varieda<strong>de</strong> diferenciável com<br />
fronteira, compacta e orientável, ω uma (n−1)−forma diferenciável <strong>em</strong> M e i : ∂M → M<br />
uma aplicação inclusão 6 . Então<br />
<br />
∂M<br />
i ∗ <br />
ω =<br />
D<strong>em</strong>onstração. Consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os K o suporte <strong>de</strong> ω, e ir<strong>em</strong>os dividir a <strong>de</strong>monstração <strong>em</strong> dois<br />
casos:<br />
(Caso 1). Se K está contido <strong>em</strong> alguma vizinhança coor<strong>de</strong>nada V = f(U) <strong>de</strong> uma<br />
parametrização f : U ⊂ H n → M, então tomando a representação local <strong>de</strong> ω <strong>em</strong> U, t<strong>em</strong>os<br />
ω =<br />
M<br />
dω.<br />
n<br />
ajdx1 ∧ · · · ∧ dxj ∧ · · · dxn,<br />
j<br />
on<strong>de</strong> aj = aj(x1, · · · , xn) é uma função diferenciável <strong>em</strong> U, e a notação dxj significa que<br />
o termo dxj está sendo omitido. Assim, a diferencial dω obtém a forma<br />
n<br />
<br />
<br />
j−1 ∂aj<br />
dω = daj ∧ dxj = (−1) dx1 ∧ · · · ∧ dxn.<br />
∂xj<br />
j=1<br />
j<br />
Agora observe que po<strong>de</strong>mos subdividir o caso 1 <strong>em</strong> dois subcasos, um para o caso <strong>em</strong> que<br />
f(U) ∩ ∂M = ∅ e outro para quando f(U) ∩ ∂M = ∅.<br />
(i).<br />
Se consi<strong>de</strong>rarmos f(U)∩∂M = ∅, então o valor <strong>de</strong> ω será zero <strong>em</strong> ∂M, e consequent<strong>em</strong>ente<br />
6 Trata-se simplesmente <strong>de</strong> uma aplicação da forma i(x) = x, e o nome inclusão é motivado pelo fato<br />
<strong>de</strong> que ∂M ⊂ M.