O Teorema de Stokes em Variedades - Fernando UFMS/CPAq
O Teorema de Stokes em Variedades - Fernando UFMS/CPAq
O Teorema de Stokes em Variedades - Fernando UFMS/CPAq
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3.2 <strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> <strong>de</strong> <strong>Stokes</strong> 55<br />
D<strong>em</strong>onstração. Seja f1 : U2 → M uma parametrização <strong>em</strong> uma vizinhança <strong>de</strong> p, <strong>de</strong> forma<br />
que f1(q) = p, com q = (0, x2, · · · , xn).<br />
Suponha por absurdo que exista outra parametrização f2 : U2 → M, <strong>em</strong> uma<br />
vizinhança <strong>de</strong> p, tal que f −1<br />
2 (p) = q2 = (x1, · · · , xn), com x1 = 0.<br />
Seja W = f1(U1) ∩ f2(U2). T<strong>em</strong>os então a aplicação f −1<br />
1 ◦ f2 : f −1<br />
2 (W ) →<br />
f −1<br />
1 (W ), que será um difeomormismo, isto é, bijetora, diferenciável e que possui inversa<br />
também diferenciável.<br />
Como supomos x1 = 0, existirá uma vizinhança U <strong>de</strong> q2, U ⊂ f −1<br />
2 (W ), que<br />
não intersepta o eixo x1, e restringindo f −1<br />
1 ◦ f2 a U, t<strong>em</strong>os ainda um difeomorfismo, dado<br />
por<br />
e além disso, <strong>de</strong>t(d(f −1<br />
1 ◦ f2)) = 0.<br />
f −1<br />
1 ◦ f2 : U → H n ,<br />
Finalmente, pelo teor<strong>em</strong>a da função inversa, po<strong>de</strong>mos garantir que a aplicação<br />
f −1<br />
1 ◦ f2 : V ⊂ U → U1 ⊂ H n<br />
será um difeomorfismo, o que nos leva à uma contradição, uma vez que se isso se verificasse<br />
teríamos pontos da forma (x1, · · · , xn), com x1 > 0, sendo levados <strong>em</strong> H n por f −1<br />
1 ◦ f2.<br />
rametrização.<br />
Portanto garantimos que p será um ponto <strong>de</strong> fronteira mesmo com outra pa-<br />
S<strong>em</strong> ambiguida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>mos então <strong>de</strong>finir o conjunto dos pontos <strong>de</strong> fronteira<br />
<strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong> diferenciável M n .<br />
Definição 3.2.6. Sendo M n uma varieda<strong>de</strong> diferenciável, <strong>de</strong>notamos por ∂M o conjunto<br />
dos pontos <strong>de</strong> fronteira <strong>de</strong> M n , chamado simplesmente <strong>de</strong> fronteira <strong>de</strong> M.<br />
Observação 3.2.2. Se ∂M = ∅, então naturalmente a varieda<strong>de</strong> não possui fronteira, e<br />
portanto é <strong>de</strong>finida segundo a <strong>de</strong>finição (3.1.2).<br />
<strong>Teor<strong>em</strong>a</strong> 3.2.4. A fronteira ∂M <strong>de</strong> uma n−varieda<strong>de</strong> diferenciável M com fronteira, é<br />
uma (n − 1)−varieda<strong>de</strong> diferenciável.<br />
D<strong>em</strong>onstração. Tome um ponto p ∈ ∂M, e consi<strong>de</strong>re a parametrização fα : Uα ⊂ H n →<br />
M n , <strong>em</strong> alguma vizinhança <strong>de</strong> p.