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O desafio das diferenças nas escolas - TV Brasil

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professor as inovações educacionais para que, conhecendo-as, façam uso delas, em suas salas<br />

de aulas. As práticas de formação obedecem ao mesmo modo tradicional de se ensinar <strong>nas</strong><br />

<strong>escolas</strong>, que traz pronta a novidade, ou seja, o conhecimento a ser aprendido, e espera que o<br />

aluno o reproduza, posteriormente.<br />

A escola para alguns suporta e se beneficia dessa formação, pois o que pretende é que a<br />

educação idealize o educando e selecione os meios para que essa idealização se concretize.<br />

Para alcançar esse objetivo, seus professores nada mais precisam do que conhecer o que deve<br />

ser ensinado e trabalhar para que o educando se “conforme”, adquira o formato desejado pelo<br />

sistema educacional, ignorando as <strong>diferenças</strong>. Sistemas de ensino que assim se comportam<br />

rejeitam os alunos e os professores que não estão dentro do que foi estipulado arbitrariamente<br />

para atender ao perfil do bom professor e do bom aluno. A maioria <strong>das</strong> formações iniciais e<br />

continua<strong>das</strong> de professores pretende que eles façam de seus alunos seres que aceitam<br />

passivamente o que deve ser aprendido e executado <strong>nas</strong> <strong>escolas</strong>.<br />

Pode parecer radical ou mesmo exagerada essa afirmação, porém é o que, infelizmente, temos<br />

presenciado na maioria <strong>das</strong> redes de ensino que conhecemos por esse país afora. Gastam-se<br />

fortu<strong>nas</strong> em formação e o professor se sente cada vez mais despreparado para atender às<br />

pretensões dessas redes, ao veicularem esses novos conhecimentos. Com relação à inclusão<br />

escolar, a grande queixa e justificativa mais freqüente da resistência dos professores em<br />

receber todo e qualquer aluno em suas salas de aula é o despreparo para ensinar a turma toda,<br />

sem discriminações, ensino adaptado, diversificado, <strong>nas</strong> salas de aula <strong>das</strong> <strong>escolas</strong> comuns.<br />

De fato, a formação que estão recebendo não atende aos reclamos de um ensino dessa<br />

natureza, que gira em torno de outro eixo e que não se desenvolve a partir de conhecimentos<br />

previamente selecionados e transmitidos aos professores, como manuais para bem atender às<br />

necessidades e aos interesses de todos os seus alunos.<br />

A escola para todos exige uma virada na formação inicial dos professores, o que é bem mais<br />

difícil e complexo, mas principalmente na formação em serviço, ora proposta e realizada.<br />

O que é essencial, do nosso ponto de vista, é que a formação se centre na discussão dos<br />

problemas relativos ao ensino e às possibilidades de os alunos tirarem proveito dele. Essa é<br />

verdadeiramente uma virada, que tem sido proposta por algumas redes e <strong>escolas</strong> de ensino<br />

público e particular, respaldada pela necessidade de se resolver o problema do despreparo<br />

constante dos professores, para ensinar a todos os alunos.<br />

O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS. 10 .

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