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O desafio das diferenças nas escolas - TV Brasil

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- proscritas as avaliações arquiteta<strong>das</strong> e elabora<strong>das</strong> em função de erros e de castigos;<br />

- dissolvi<strong>das</strong> as solidões pedagógicas dos professores pelo exercício do estudo em grupo e<br />

pela troca contínua de experiências;<br />

- extintas as <strong>escolas</strong> que não sabem o que querem, cuja proposta é só de papel.<br />

Quando to<strong>das</strong> essas práticas existem realmente vivencia<strong>das</strong> em ritmo de aprendizagem e<br />

como verdadeiro processo de formação em serviço (as <strong>escolas</strong> e sistemas de ensino, que já<br />

estão implementando, que o digam!), a indisciplina escolar cai a níveis assustadores, as<br />

competições são diluí<strong>das</strong>, as discriminações esvazia<strong>das</strong>, os preconceitos desmontados, e<br />

principalmente não há lugar para a Síndrome do Ainda Não, expressão batizada por Santos<br />

(2006), e que acomete a maioria dos professores e <strong>escolas</strong> na busca de alguma desculpa para<br />

não trabalhar com as <strong>diferenças</strong>. Essa Síndrome está explicitada na atitude de recusa a receber<br />

crianças, deficientes ou não, com a justificativa de que ainda não estão preparados para a<br />

inclusão. Esse Ainda Não é quase um sinônimo de um Não definitivo, que para não ser dado<br />

de forma ostensiva, ganha o formato de uma pseudo-provisoriedade.<br />

O <strong>desafio</strong> de construir uma escola diferente que contemple as <strong>diferenças</strong> está convalidado.<br />

Pode-se, enfim, sacramentar ainda mais uma razão para uma escola de todos, com o pensar de<br />

Ítalo Calvino, escritor do século 20 que, ao tentar argumentar porque as pessoas devem ler as<br />

obras clássicas, termina com um raciocínio simples e brilhante: Diz ele: “ler os clássicos é<br />

melhor do que não ler”.<br />

Mãos à obra: o mundo nos convida a estarmos fazendo uma escola no século 21. Fazer uma<br />

Escola para Todos, com certeza, é melhor do que não fazer. Pode crer!!!<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BRASIL. Ministério Público Federal. Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. O<br />

acesso de pessoas com deficiência às classes e <strong>escolas</strong> comuns da rede regular<br />

de ensino. Brasília, DF: 2003.<br />

CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos? São Paulo: Companhia <strong>das</strong> Letras, 1993.<br />

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ser ou estar, eis a questão. Compreendendo o déficit<br />

intelectual. Rio de Janeiro: WVA Editores, 1997.<br />

O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS. 90 .

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