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O desafio das diferenças nas escolas - TV Brasil

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Como pensar o acesso ao conhecimento a todos, independentemente de suas capacidades?<br />

Essa questão convida-nos a uma reflexão em vários níveis: no nível conceitual, buscando<br />

fundamentos em abordagens inclusivas para a criação de tecnologias da informação e<br />

comunicação; no nível metodológico, buscando novos modelos de práticas que pensem o uso<br />

da tecnologia e suas interfaces segundo uma visão sociotécnica; no nível de formação de<br />

nossos profissionais, repensando o currículo de forma alinhada às necessidades que essa<br />

realidade nos coloca. Certamente, soluções devem ser construí<strong>das</strong> por e com seus próprios<br />

atores: comunidade acadêmica a par e passo com o aluno e as organizações universitárias.<br />

Os pressupostos básicos para um ambiente inclusivo, em nossa visão, envolvem o conceito de<br />

design universal e são centrados em práticas participativas e na construção compartilhada de<br />

significados. Entendemos por design todo o processo de criação de um produto (conceito,<br />

projeto, engenharia, métodos e artefatos etc.), no nosso caso, um sistema computacional<br />

interativo, um sistema educacional. Designers são todos os envolvidos nesse processo<br />

(equipes multidisciplinares de desenvolvimento e criação, partes interessa<strong>das</strong>, que incluem<br />

necessariamente os usuários). O processo de design deve ser conduzido de maneira a<br />

possibilitar a esse grupo diverso de pessoas interagir e compartilhar conhecimento e decisões<br />

de design para lidar com a complexidade do design para todos. Quando isso acontece,<br />

chamamos esse processo de Design Inclusivo. A diversidade de usuários, interesses,<br />

situações de uso, capacidades são ape<strong>nas</strong> aspectos sugestivos dos <strong>desafio</strong>s que se apresentam<br />

ao design de ambientes virtuais inclusivos. Princípios do Design Universal, práticas de<br />

Design Participativo e conceitos e artefatos da Semiótica Organizacional formam o referencial<br />

teórico-metodológico que sustenta nossa concepção e práticas de Design Inclusivo neste<br />

Projeto.<br />

Em vez de buscar soluções específicas que adaptem o produto/serviço a uma incapacidade<br />

específica do sujeito, o Design Universal 4 busca pensar a criação de produtos para todos,<br />

apesar <strong>das</strong> <strong>diferenças</strong> ou inabilidades de cada usuário, sem discriminar. Para ilustrar esse<br />

conceito, utilizemos uma situação concreta extraída do contexto arquitetônico: um prédio<br />

público (um hospital, por exemplo) pode ter uma mesma porta de entrada por onde passam<br />

todos, independentemente de alguns estarem em cadeiras de ro<strong>das</strong>. Se tivéssemos um local<br />

específico para os cadeirantes, também lhes teríamos possibilitado o acesso, mas essa não<br />

O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS. 98 .

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