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O desafio das diferenças nas escolas - TV Brasil

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PGM 3 – Ensinando a turma toda: as <strong>diferenças</strong> na escola<br />

O alvo desta série é oferecer aos professores mais uma oportunidade de reconhecer e valorizar<br />

as <strong>diferenças</strong> na escola. Trata-se de mais um <strong>desafio</strong> da série, pois que os professores, em<br />

geral, têm bastante dificuldade de entender os princípios inclusivos, quando aplicados às salas<br />

de aula, diante da formação que tiveram como alunos e como profissionais da educação. De<br />

fato, não é fácil, depois de toda uma experiência de ensino, em que a exclusão é uma <strong>das</strong><br />

situações mais comumente vivi<strong>das</strong>, fazer essa passagem necessária que nos leva a conceber a<br />

escola inclusiva como aquela em que todos, indiscriminadamente, são valorizados em seus<br />

conhecimentos e reconhecidos, como alunos, como pessoas que têm possibilidades diferentes<br />

de construir conhecimentos, a partir de suas vivências culturais, de suas condições de<br />

aprender e de atribuir significado ao mundo que nos cerca. Infelizmente a escola, até os<br />

nossos dias, não se dá bem com as <strong>diferenças</strong>. Suas turmas são constituí<strong>das</strong> a partir da idéia de<br />

que conseguimos homogeneizar os grupos de alunos, segundo um dado desempenho escolar.<br />

Esse critério de agrupamento varia arbitrariamente, hierarquizando-se, ordenando-se, segundo<br />

o que a escola e seus professores definem, para que tal organização pedagógica possa atingir<br />

os seus objetivos, ou seja, igualar níveis de competências escolares por série, ciclos de<br />

desenvolvimento e outros. Admitir que os alunos são diferentes quando entram na escola, seja<br />

em uma dada série, e/ou nível de ensino, é certo e sobre essa condição não existem dúvi<strong>das</strong>.<br />

Mas, como ponto de chegada, todos devem atingir um dado padrão de comportamento<br />

acadêmico, que define o aluno como capaz e dentro do modelo de um aprendiz de 1ª série, de<br />

nível superior etc. Os que não couberem nesse modelo são facilmente excluídos ou limitados<br />

em sua trajetória escolar.<br />

A regra é essa e ela impera na maioria <strong>das</strong> <strong>escolas</strong>, de todos os níveis de ensino – da Educação<br />

Infantil à universidade. Temos, então, que ressignificar essa organização escolar perversa, que<br />

se diz para todos, mas que é planejada para alguns e, para tanto, a releitura do sistema de<br />

ensino pelos que dele fazem parte é fundamental. Também é preciso compreender melhor o<br />

que é a aprendizagem e como esses dois processos são indissociáveis e não correspondentes.<br />

Eis aí uma grande chave para que se possa entender como é possível se ensinar uma turma<br />

toda, sem adotar um ensino diversificado para alguns, que é tão discriminador para certos<br />

alunos como ser encaminhado a uma turma mais fraca, por exemplo.<br />

O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS. 8 .

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