LITERATURA LATINA I - Universidade Castelo Branco
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22<br />
seide. Surpreendentemente, Aquiles entrega a jovem<br />
sem qualquer dificuldade.<br />
A seguir, porém, num sofrimento profundo, Aquiles<br />
vagueia sozinho pela praia e chora. Foi publicamente<br />
envergonhado pelo rei Agamêmnon e tratado como um<br />
escravo. A sua mãe Tétis, uma ninfa do mar, aparece ao<br />
ver o filho em tal estado. Este confessa-lhe seus problemas<br />
e pede-lhe que utilize sua influência junto de Zeus<br />
para assegurar que os exércitos troianos derrotem os<br />
seus camaradas de aramas aqueus. Aquiles pensa que,<br />
quando os aqueus compreenderem que estão perdendo<br />
a guerra em razão de sua ausência, entenderão qual o<br />
verdadeiro valor que Aquiles tinha para eles. Em resultado<br />
disso, remediarão o insulto de Agamêmnon.<br />
Tétis visita Zeus no Olimpo, e o rei dos deuses concorda<br />
em ajudar os troianos, embora exprima o temor<br />
de que a esposa, Hera, fique aborrecida, pois ela tem<br />
ciúmes de Tétis, odeia os troianos e não suporta a idéia<br />
de os ver ganhar a guerra. Descobrimos de fato que<br />
Hera odeia os troianos, mas teme ainda mais a ira de<br />
Zeus, pelo que cala os seus problemas. O canto I termina<br />
com um banquete dos deuses no palácio de Zeus.<br />
Odisséia<br />
Sinopse da Odisséia<br />
Ulisses, rei de Ítaca, participa da grande expedição dos<br />
aqueus, comandada por Agamêmnon, contra a cidade<br />
de Tróia, com o fim de resgatar Helena para Menelau.<br />
Após 10 anos, Tróia é saqueada e os heróis aqueus regressam<br />
a casa. Quando a Odisséia começa, já se passou<br />
mais de uma década desde a queda de Tróia.<br />
Ulisses ainda não regressou. Todos os outros chefes<br />
já tinham regressado às suas pátrias ou já tinham morrido.<br />
Não havia, porém, qualquer notícia do rei de Ítaca.<br />
Na sua ausência, os nobres de Ítaca e das cidades<br />
vizinhas convergiram para o palácio, esperando obter<br />
a mão de Penélope, mulher de Ulisses. Esta, sempre<br />
fiel à memória do marido, não quer voltar a casar e,<br />
enquanto permanecem no palácio tentando que ela<br />
mude de idéia, os pretendentes esbanjam a fortuna de<br />
Ulisses para seu próprio prazer e corrompem muitos<br />
dos seus criados. Quando Telêmaco, o filho de Ulisses,<br />
cresceu, visitou vários senhores aqueus na esperança<br />
de saber se o pai ainda estava vivo.<br />
Durante esses dez anos, Ulisses vagueou pelo mundo,<br />
passando por uma série inacreditável de aventuras<br />
e sofrendo tormentos inimagináveis, causados pela<br />
maldade de Possêidon. Perdeu todos os seus barcos<br />
e é o único sobrevivente do valoroso exército que<br />
partiu de Tróia. Finalmente, com a ajuda do rei dos<br />
feaces, Ulisses regressa a Ítaca. Auxiliado pela deusa<br />
Atená, de quem é o favorito, Ulisses castiga os pre-<br />
tendentes e restitui-se como rei. Reencontra a mulher,<br />
o filho e o pai, e uma possível guerra civil é evitada<br />
pela intercessão dos deuses.<br />
A Odisséia começa com a invocação de Homero à<br />
musa da poesia, na qual enuncia o tema do poema<br />
épico e lhe pede que o oriente para que possa contar<br />
a história de modo adequado. É, diz ele, a história de<br />
um homem solitário que vagueou pelo mundo durante<br />
muitos anos e sofreu muitos tormentos antes de a<br />
sua tentativa de regressar à pátria ser bem sucedida.<br />
No início da história, todos os sobreviventes da<br />
guerra de Tróia, com a exceção de Ulisses, já regressaram<br />
a casa. Ele se encontra retido pela ninfa Calipso,<br />
que tem esperanças de o fazer seu marido e,<br />
enquanto a maior parte dos deuses lhe vota simpatia,<br />
Posídon, deus do mar, tem-lhe rancor e fá-lo sofrer<br />
muitas provações.<br />
Na ausência de Posídon, Zeus, o rei dos deuses,<br />
convoca um conselho divino no Olimpo. Depois do<br />
discurso de abertura sobre o castigo de Egisto, o assassino<br />
de Agamêmnon, Atená interrompe o pai. Recorda-lhe<br />
o pobre Ulisses, separados da família e dos<br />
seres amados numa ilha distante e exige que os deuses<br />
retomem a sua anterior amizade para com ele. Salienta<br />
que embora Posídon lhe tenha rancor porque Ulisses<br />
cegou um dos seus filhos, ele pode ser obrigado a submeter-se<br />
ao desejo conjunto dos outros deuses. Sugere<br />
que Hermes seja enviado a Calipso, ordenando-lhe<br />
que liberte Ulisses, enquanto ela se disfarçará e irá<br />
visitar Telêmaco, o filho de Ulisses. Zeus e os outros<br />
deuses concordam com a sugestão de Atená.<br />
Atená veste-se de guerreiro e vai imediatamente a Ítaca,<br />
o país de Ulisses. Ali, encontra a casa do herói ocupada<br />
por um bando de príncipes menores e jovens nobres que<br />
aparentemente fazem a corte à mulher de Ulisses, mas<br />
que, ao mesmo tempo, passam os dias em banquetes e<br />
festins nos quais esbanjam toda a fortuna de Ulisses.<br />
Atená, identificando-se como Mentes, chefe dos Táfios<br />
e velho amigo de Ulisses, é bem recebida por Telêmaco.<br />
Sentados ao jantar, Telêmaco pede desculpa<br />
pelo comportamento grosseiro dos pretendentes. Pergunta<br />
a Atená se tem notícias do pai. Atená tranqüiliza<br />
Telêmaco, dizendo que Ulisses está vivo em algum<br />
lugar e que acabará por regressar a casa e castigará os<br />
pretendentes. Telêmaco descreve os problemas causados<br />
pela ausência do pai e explica como Penélope,<br />
a mãe, se recusa a casar-se novamente. Atená recomenda<br />
a Telêmaco que convoque uma reunião na ágora,<br />
durante a qual ordenará aos pretendentes que saiam<br />
da casa e, ao mesmo tempo, anunciará a sua intenção<br />
de procurar saber notícias do Ulisses. Então, a deusa<br />
aconselha, deve partir para Pilo e Esparta para saber o<br />
que for possível, por intermédio de Nestor e Menelau.