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INTRODUÇÃO Prof. Dr. Roberto Elísio dos Santos ... - USCS

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ture e analisar os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> desde<br />

a sua formação, fazendo a integração das<br />

duas, utilizando os referenciais conceituais.<br />

Como vimos anteriormente, no<br />

ambiente do século XXI, as empresas deparam-se<br />

com o desafio de desenvolver um<br />

nível ideal de globalização que gere concentrações<br />

adequadas das operações locais<br />

e globalizadas para a empresa.<br />

Este ambiente também é crescentemente<br />

caracterizado por: escassez de<br />

recursos, maiores expectativas <strong>dos</strong> clientes<br />

por serviços e qualidade, pressões de grandes<br />

distribuidores para alcançarem maiores<br />

ganhos de escala nos custos na cadeia de<br />

fornecedores, taxas muito rápidas de mudanças<br />

nos merca<strong>dos</strong> e tecnologias e merca<strong>dos</strong><br />

mais turbulentos e imprevisíveis.<br />

Uma das mais importantes respostas<br />

a essas condições competitivas de mercado<br />

tem surgido de colaboração e parceria<br />

com outras empresas, como um elemento do<br />

processo de direcionamento ao mercado.<br />

Analisando este ambiente, pudemos<br />

observar que as empresas LG Eletronics<br />

e Royal Philips Eletronics ilustram o<br />

caminho que a maioria das empresas estão<br />

seguindo, e encontraram uma maneira de<br />

se manterem competitivas e serem líderes<br />

mundiais em tecnologia e fabricação de cinescópios<br />

para televisores e monitores.<br />

As empresas constituíram uma<br />

joint venture que pode ser classificada<br />

como uma fusão (internacional parcial) ou<br />

uma aliança estratégica (joint venture internacional).<br />

Pode-se perceber com o estudo realizado<br />

destas duas organizações formadoras<br />

da joint venture LG.Philips Displays e na própria<br />

empresa que, embora tenham tido sucesso<br />

com a fusão (em 2002 foi considerada a<br />

líder mundial na fabricação de cinescópios),<br />

a situação atual exige bastante atenção com<br />

a gestão das diferenças culturais.<br />

Pudemos levantar os fatores<br />

que levaram à constituição da LG.Philips<br />

Displays que envolviam a estratégia de<br />

compartilhar competências tecnológica<br />

e de processos (LG) e visão de mercado<br />

(Philips), a fim de construir uma nova empresa<br />

que pudesse ser líder no mercado<br />

mundial. Além disso, pretendiam explorar<br />

merca<strong>dos</strong> que suas marcas individuais<br />

não tinham visibilidade, ou seja, a LG tinha<br />

a intenção de explorar os merca<strong>dos</strong><br />

europeu e das Américas; e a Philips, os<br />

46 ARTIGO<br />

merca<strong>dos</strong> asiático, africano e do Oriente<br />

Médio. Com a formação da joint venture,<br />

os custos de produção <strong>dos</strong> displays seriam<br />

terceiriza<strong>dos</strong>, mas o comando da organização<br />

seria mantido. Desta forma, a joint<br />

venture atenderia os outros objetivos que<br />

eram: redução de custos de produção e<br />

distribuição, melhor aproveitamento <strong>dos</strong><br />

recursos disponíveis, aumentar a capacidade<br />

de inovação e desenvolvimento de<br />

produtos e formar uma empresa fornecedora<br />

de displays para qualquer empresa.<br />

Conforme foi comentado anteriormente,<br />

grande parte das fusões e aquisições<br />

não trazem os resulta<strong>dos</strong> espera<strong>dos</strong><br />

e podem se tornar inviáveis, assim como<br />

vimos as vantagens e desvantagens das<br />

alianças estratégicas. O caso da joint venture<br />

estudado mostrou que as diferenças<br />

culturais entre as duas empresas, apesar<br />

de se somarem em muitos casos como nos<br />

benefícios trazi<strong>dos</strong> pela competência mercadológica<br />

da Philips e a produtiva da LG,<br />

são opostas e resultantes de particularidades<br />

de suas histórias.<br />

O estudo das histórias das duas<br />

empresas foi importante para traçar os perfis<br />

culturais de cada uma delas e também<br />

para entender como as diferenças poderiam<br />

influenciar na formação e gestão da nova<br />

organização. A empresa LG conserva traços<br />

culturais de sua história de desenvolvimento<br />

no ambiente social <strong>dos</strong> países orientais enquanto<br />

a Philips traz perfis culturais de seu<br />

desenvolvimento nos países ocidentais.<br />

As diferenças encontradas seriam<br />

suficientes para inviabilizar a formação da<br />

nova companhia, no entanto, os fatores e<br />

variáveis mercadológicos, como a globalização<br />

e crescente competitividade, fizeram<br />

com que as duas empresas assumissem os<br />

riscos <strong>dos</strong> possíveis choques culturais para<br />

a consolidação da união.<br />

Os corpos diretivos das duas empresas<br />

conseguiram trabalhar muito bem<br />

com as pessoas e promover a integração<br />

das diferentes culturas. Existe um longo<br />

caminho a ser percorrido para o desenvolvimento<br />

da identidade cultural esperada.<br />

No entanto, a nova organização<br />

conseguiu definir fatores importantes para<br />

atingir os resulta<strong>dos</strong>:<br />

•<br />

Objetivo claro: entende-se objetivo,<br />

neste caso, como o ponto a se chegar,<br />

em que tempo e com que recursos;

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