INTRODUÇÃO Prof. Dr. Roberto Elísio dos Santos ... - USCS
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MUnICIPaLIZaÇÃO DO ensInO FUnDaMenTaL:<br />
DesaFIOs e PersPeCTIVas<br />
Seminário da Pós-Graduação 1<br />
Evento realizado em 17 de maio de<br />
2005, discutiu os desafios e as perspectivas<br />
da municipalização do ensino fundamental<br />
na Região do Grande ABC, tema voltado<br />
para professores e especialistas em Educação<br />
e Administração. Coordenado pelos professores<br />
Antonio Carlos Gil e <strong>Roberto</strong> <strong>Elísio</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Santos</strong>, contou com a presença de Cleuza<br />
Rodrigues Retulho, secretária de Educação<br />
de Santo André, Admir Donizeti Ferro, secretário<br />
especial de Coordenação de Ações<br />
Voltadas à Comunidade de São Bernardo do<br />
Campo, Walter Figueira Júnior, diretor de<br />
Educação de São Caetano do Sul, Edgar Fernandes<br />
Neto, vice-presidente da APEOESP, e<br />
da professora Marília Claret Geraes Duran,<br />
da Universidade Metodista.<br />
PrOFa. MarÍLIa<br />
O Fundef traz um mecanismo indutor<br />
da descentralização da administração.<br />
Eu falo em municipalização de ensino entre<br />
aspas porque, na verdade, é uma municipalização<br />
induzida e não totalmente consentida.<br />
O que pode ter trazido alguns entraves<br />
no próprio processo de implantação do<br />
Fundef.<br />
A implantação do Fundef gerou<br />
impacto, em relação à educação infantil,<br />
especialmente no contexto e no processo<br />
municipalizante desencadeado em São<br />
Paulo. Tivemos algumas medidas bastante<br />
claras da parte do governo estadual, que<br />
organizou dois projetos logo no primeiro<br />
momento como governo do estado.<br />
A reorganização da rede estadual<br />
e o programa de parceria estado-município<br />
em 96 foi preparando o ambiente para<br />
a implantação do Fundef, mas a reorganização<br />
da rede estadual, foi um momento<br />
importantíssimo, no sentido de sinalizar<br />
já para uma descentralização para um<br />
descongestionamento da rede estadual e<br />
especialmente em alguns esta<strong>dos</strong> em que<br />
a rede estadual assumia quase que com-<br />
1 Transcrição elaborada pelos alunos de Iniciação Científica: Gláucia Balbachan, Cristina Salvatti<br />
Abel e Eduardo Veríssimo Chaves.<br />
Gestão & Regionalidade - N o 13 - 2 o Semestre 2005<br />
pletamente o ensino fundamental, como<br />
é o caso de São Paulo; tais esta<strong>dos</strong> tiveram<br />
que assumir determinadas medidas para<br />
que o Fundef se instalasse efetivamente.<br />
Eu trouxe aqui alguns da<strong>dos</strong> que,<br />
inicialmente, são da<strong>dos</strong> mais gerais de Brasil,<br />
para que a gente, depois, possa pensar<br />
em São Paulo.<br />
Para organizar essa tabela, eu tive<br />
que avaliar com o sead e o próprio centro<br />
escolar do Imep e, vejam, que se tomarmos<br />
aí do período de matrículas no ensino fundamental,<br />
pegando uma variação de 1996 até<br />
2000, vejam que há uma variação bastante<br />
pequena, 1%. O que isso quer dizer? Que aumentou<br />
o número de vagas? Não, apenas se<br />
transferiu de poder, da rede estadual para a<br />
municipal. O que vai ampliar aí são as matrículas<br />
da 5 a à 8 a séries, então, em relação ao total<br />
de matrículas a variação fica em 8%. Vou pegar<br />
um outro dado, da 1 a à 4 a séries, pegando<br />
agora as redes de ensino em termos de Brasil,<br />
então, vejam aí. A rede estadual vai ter uma<br />
variação a menos, o ensino fundamental especialmente<br />
as quatro séries iniciais, vai estar<br />
gradualmente colocada na rede municipal, já<br />
a federal praticamente zera, a municipal tem<br />
um incremento de 45%.<br />
Da 5 a à 8 a séries, o que nós vamos<br />
ver também é que o ensino municipal<br />
vai assumindo gradualmente, o que<br />
não é a ênfase do estado de São Paulo,<br />
até por conta da própria organização da<br />
rede pública. O que eu acho importante,<br />
porque aqui só falamos em da<strong>dos</strong> reais<br />
e nós vamos pegar alguns da<strong>dos</strong> de qualidade,<br />
a questão da duração de turnos,<br />
em termos de Brasil, porque nós temos<br />
que pensar também quando a gente fala<br />
numa política pública, não apenas regional,<br />
é colocar esta questão regional no<br />
contexto mais amplo da realidade brasileira<br />
e pelos da<strong>dos</strong> mais gerais, o que nós<br />
estamos observando aí, é que há um aumento<br />
na duração <strong>dos</strong> turnos de permanência<br />
<strong>dos</strong> alunos na escola; vejam que<br />
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