INTRODUÇÃO Prof. Dr. Roberto Elísio dos Santos ... - USCS
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têm várias síndromes, que a Escola Paulista<br />
de Medicina não consegue identificar, por<br />
isso estão criando núcleos de estudo para<br />
trabalhar com 40 alunos da rede municipal,<br />
que são considera<strong>dos</strong> DGD, temos crianças<br />
com paralisia cerebral, síndrome de Down<br />
e ossos de vidro.<br />
Trabalhamos com o estado em<br />
regime de cooperação, o que significa que<br />
dividimos demanda, a escola mais próxima<br />
da residência da criança será aquela que ela<br />
vai estudar, seja ela municipal ou estadual,<br />
nós temos um regime de cooperação.<br />
Temos uma pesquisa pacto de<br />
Fundef em adiantamento com a Fapesf,<br />
com a USP e Fundação Santo André, em<br />
relação à migração das redes, ela não<br />
está finalizada ainda. Com isso temos um<br />
observatório da secretaria, que acompanha<br />
não só a rede regular, mas os cinco<br />
centros profissionalizantes e as ações na<br />
área da educação, hoje a nossa rede tem<br />
em torno de 60 mil atendimentos por<br />
dia, é uma rede grande, nós somos responsáveis<br />
pela merenda pela rede estadual,<br />
também em regime de cooperação,<br />
enfim, temos um universo de coisas que<br />
compõem os investimentos em educação,<br />
em linhas gerais.<br />
Nós criamos o sistema municipal,<br />
que não há vínculos com a diretoria<br />
regional de ensino para supervisão, estamos<br />
liga<strong>dos</strong> ao MEC e fazemos parte da<br />
implantação da Universidade Federal do<br />
ABC, que acho importantíssima para a região,<br />
temos participado do UNDPE (União<br />
Nacional <strong>dos</strong> Dirigentes Principais de Educação)<br />
e acho importante que os secretários<br />
das articulações estaduais e regionais,<br />
em nível nacional, saibam que perdemos<br />
recursos, ganhamos alunos e ainda perdemos<br />
qualidade, mas implantamos o ensino<br />
fundamental de 9 anos.<br />
PrOF. anTOnIO CarLOs GIL<br />
Então, agora nós iremos tratar<br />
da municipalização sob a ótica do profes-<br />
sor Edgar.<br />
PrOF. eDGar<br />
Na minha opinião a questão da<br />
municipalização não é um pré-enfoque teórico,<br />
mas um posicionamento político. É<br />
sentido que o que eu vou expressar aqui,<br />
na verdade, é a posição <strong>dos</strong> trabalhadores<br />
da educação estadual, que já provaram em<br />
vários congressos a nossa opinião sobre a<br />
municipalização do ensino fundamental.<br />
Primeiro, eu quero destacar que,<br />
na década de 1990, a nossa educação enfrentava<br />
uma série de problemas, que, se<br />
emprega<strong>dos</strong> no centro escolar atual, nós<br />
vamos constatar que não há muita mudança<br />
de qualidade para melhor. Por que<br />
é que eu digo? Se vocês pegarem o censo<br />
escolar do último ano, 2004 aponta que<br />
temos 55 milhões de matrículas na educação<br />
básica, <strong>dos</strong> quais, 87% estão matricula<strong>dos</strong><br />
na rede pública, e dessa fatia imensa<br />
de 87% de 55 milhões, 34 milhões estão<br />
matricula<strong>dos</strong> na educação fundamental.<br />
Então, portanto, quando se fala de municipalização<br />
nós estamos falando da maior<br />
fatia da demanda do sistema educativo<br />
básico, segundo a LBB. Porque eu estou<br />
ressaltando isso? Foram cita<strong>dos</strong> aqui pelos<br />
outros professores alguns programas<br />
na educação do governo estadual, que foram,<br />
no início da década de 1990, de 1995<br />
para cá, a reorganização da rede, veio a<br />
municipalização, via diretamente a adoção<br />
do sistema municipal ou através de<br />
parcerias e convênios com São Caetano do<br />
Sul, que fez, mas o fato é que nós temos<br />
hoje em torno de 40% municipalizado, se<br />
pegarmos de lá para cá.<br />
Bom, e porque que foi assim? Porque<br />
é que foi essa a opção pública? Primeiro,<br />
através da legislação, lembretes e bases<br />
números 93 e 94 e depois a Emenda 14 e<br />
a lei que regulamenta o Fundef, que é a<br />
9424, no ano de 1996. Essa opção política<br />
está relacionada à subordinação das diretrizes<br />
da declaração mundial de educação<br />
para to<strong>dos</strong>.<br />
Em março de 1990, houve uma<br />
conferência mundial e nessa conferência<br />
mundial de educação, onde participaram<br />
cerca de 180 países, entre os quais o Brasil,<br />
foi feito o diagnóstico da educação, e por<br />
coincidência, os problemas que nós tínhamos<br />
aqui no geral, parecem semelhantes,<br />
do ponto de vista socioeconômico do Brasil<br />
e países muito piores do ponto de vista<br />
econômico também possuíam o mesmo<br />
problema: elevadas taxas de analfabetismo,<br />
elevadas taxas de evasão e repetência<br />
escolar e o baixo acesso à educação básica.<br />
E, junto com isso, identificaram também<br />
que havia a ausência de parâmetros<br />
do trabalho docente. Então, a partir daí,<br />
56 SEMINÁRIO ABERTO