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Também a estes aspectos anormais do estatuto e da prática têm de ser opostas<br />

as excepções de inconstitucionalidade material. E clara oposição com eficácia<br />

prática.<br />

Tal cancro tem o seu primeiro espaço de implantação em Lisboa. Assente na<br />

eleição por um terço dos inscritos, terço sobretudo sedeado nesta cidade, feia<br />

em quase tudo e também por isso. Talvez se pudesse começar a resolver o<br />

problema por aqui. Elevar ao Estatuto de Ordens as organizações Distritais.<br />

Não há nenhum motivo para que uma concentração numérica em Lisboa faça<br />

pesar o seu desvirtuamento no inteiro território e em todas as regiões.<br />

Importaria isolar o cancro. Depois logo se veria como extirpá-lo, se o<br />

definhamento não se saldasse na possibilidade de o eliminar a todo o tempo<br />

como me parece. Restringir esta gente, primeiro; e abandoná-la depois.<br />

Eventualmente – e com sorte - esta gente matar-se-á entre si sem nos dar<br />

maiores trabalhos.<br />

As coisas são o que são. Isso não é alterável. Não se pode “mudar isto”. É<br />

preciso destruir isto. Até porque, como se demonstrou, isto mata. Mata a<br />

Palavra. Mata-a pela angústia diante do arbítrio, mata-a pelo silêncio – e<br />

silenciosamente – pelo isolamento, pelo medo, se não pelo terror, com “direito<br />

secreto” nas decisões jamais publicadas, insusceptíveis de consulta documental<br />

e também mata de vergonha, com a humilhação pública (dos advogados<br />

devedores de “quotas” – em boa verdade taxas de exercício profissional<br />

completamente inconstitucionais - cujos nomes são publicados, por exemplo).<br />

Estamos perante uma prática absolutamente letal para as liberdades. Isso é<br />

seguro. Letal para os direitos dos cidadãos, portanto. E a ideia de mostrar a<br />

verdade aos homens para que se convertam é infinitamente amável, mas “isto”<br />

não é um homem, é uma organização, dominada por uma federação de<br />

interesses (partidários e societários, com estranhas fratrias à mistura e uma<br />

multidão de incontáveis servos cujos olhos “estão fixos nas mãos dos seus<br />

senhores” como se diz nas Sagradas Escrituras) interesses aos quais quase todos<br />

os advogados são alheios. Isto não se faz recuar mostrando a verdade. Isto<br />

carregaria sobre a verdade, como qualquer outra polícia do pensamento. Aliás<br />

isto formulou uma acusação disciplinar diante de uma citação de Santo<br />

Agostinho. Nada aqui é passível de conversão. O arrependimento é estimável,<br />

considerado em geral, mas, tal como o Bastonário Lopes Cardoso, “não gosto de<br />

arrependidos”. Não é fácil distingui-los dos dúplices. E falta-me o tempo que<br />

haveria de me tornar possíveis as distinções necessárias.<br />

Pode preferir-se emigrar. Sempre será a mais segura das soluções. Entre as<br />

duas, talvez se possa fazer um congresso de teimosos em La Guardia.<br />

Ostensivamente em La Guardia, para pensar.<br />

REAFIRMAÇÃO DOS LEGADOS COMUNS<br />

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