PARANÁ (1920-1930). 2006 - Universidade Federal do Paraná
PARANÁ (1920-1930). 2006 - Universidade Federal do Paraná
PARANÁ (1920-1930). 2006 - Universidade Federal do Paraná
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O que deve ser evidencia<strong>do</strong> aqui é a importância dessa religiosidade e da<br />
construção que se faz a partir dela enquanto uma característica própria <strong>do</strong> povo <strong>do</strong><br />
su<strong>do</strong>este. Acaban<strong>do</strong>-se por negligenciar propositalmente a outra face (s) em nome de<br />
uma imagem que deve se solidificar e que facilitara sobremaneira a implantação e<br />
aceitação, e porque não, <strong>do</strong>cilização da população que “há cerca de oitenta anos” é<br />
atendida pelos padres franciscanos. No texto acima sobre a igreja fica claro a<br />
evocação da tradição (há oitenta anos) e da importância civilizacional <strong>do</strong>s<br />
franciscanos da região. O texto se conclui com “as origens” citan<strong>do</strong> o primeiro,<br />
segun<strong>do</strong> e terceiro vigários. Logo adiante encontramos outro exemplo efetivo da<br />
mesma estrutura discursiva.<br />
ADOLFO CHIOCHETTA<br />
Um <strong>do</strong>s pioneiros!<br />
Oriun<strong>do</strong> de Paim Filho, então Município de Lagôa Vermelha, veio para o <strong>Paraná</strong> em 1-4-<br />
1931., Reside ainda em Pato Branco, onde constituiu numerosa família.<br />
Em sua propriedade, no perímetro sub-urbano da cidade, possue Serraria, criação de ga<strong>do</strong> e<br />
suínos 60 .<br />
Logo abaixo desse texto em proporção espacial equivalente uma fotografia<br />
com o texto: “A<strong>do</strong>lfo Chiochetta e Espôsa”, e ao la<strong>do</strong> duas fotografias mostran<strong>do</strong> a<br />
sua criação de ga<strong>do</strong>. Eis o pioneiro. Ele deixou a sua terra e migrou para o su<strong>do</strong>este<br />
apostan<strong>do</strong> nesta terra, ele é reconheci<strong>do</strong> pelo seu progresso e pelo progresso que<br />
trouxe para a região com a sua labuta. Essa tipificação populacional é clara e seu<br />
efeito visual e textual fixam a idéia, impõe a expressão, marcam os corpos, dão<br />
contornos às <strong>do</strong>bras de estratificação e afirmam a certeza na bondade, no trabalho e<br />
no progresso. Outro exemplo claro dessa estruturação que atravessa o Álbum<br />
modifica em partes o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> “pioneiro”, lhe atribui uma variação agora como<br />
inovação, novidade. A dubiedade <strong>do</strong> termo “pioneiro” é tecnicamente de extrema<br />
utilidade e se faz desse mo<strong>do</strong>. É o caso <strong>do</strong>s,<br />
60 ÁBUM HISTÓRICO: PATO BRANCO – <strong>PARANÁ</strong>, 1966.<br />
33