04.08.2013 Views

Um avião contorna o pé de jatobá e a nuvem de agrotóxico pousa ...

Um avião contorna o pé de jatobá e a nuvem de agrotóxico pousa ...

Um avião contorna o pé de jatobá e a nuvem de agrotóxico pousa ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Créditos<br />

Redação: Alessandro Mancio Camargo, Bianca Rodrigues Moura, Eliana<br />

Lima, Luis Carlos Casteletti, Marisa Wildner, Zahra Chaudhry. Edição: Alessandro<br />

Camargo, Eliana Lima, Mônica Macedo. Webmaster: Gisele Rodrigues,<br />

Mônica Macedo.<br />

Em encontrei também a seguinte <strong>de</strong>finição:<br />

O que foi a “Revolução Ver<strong>de</strong>”?<br />

Transformação na agricultura, a partir dos anos 50, acarretada pela injeção<br />

<strong>de</strong> tecnologia básica e <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> práticas e insumos agrícolas que<br />

asseguraram condições para que as novas cultivares alcançassem altos níveis <strong>de</strong><br />

produtivida<strong>de</strong>, dando surgimento às sementes <strong>de</strong> Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Alto Rendimento<br />

– VAR. Essas sementes vieram substituir as chamadas sementes crioulas, até<br />

antão bastante utilizadas na agricultura tradicional. Desta forma a diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> es<strong>pé</strong>cies agrícolas diminuiu drasticamente no mundo. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequenos<br />

sistemas <strong>de</strong> subsistência foi substituída por monoculturas. Atualmente, por<br />

meio da “Segunda Revolução Agrícola”, essa tendência está aumentando com a<br />

expansão dos plantios transgênicos, como, por exemplo o surto da soja. Ela causa<br />

o êxodo rural, o crescimento da miséria urbana e ameaça a biossegurança.<br />

O leitor po<strong>de</strong> ver que o assunto está longe <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> consenso.<br />

Essa é uma polêmica que já dura mais <strong>de</strong> 50 anos. Tive contato com o assunto<br />

ainda no início da década <strong>de</strong> 70, quando era estudante da Escola Superior <strong>de</strong><br />

Agricultura Luiz <strong>de</strong> Queiroz, em Piracicaba, São Paulo. Recém-ingressado na<br />

universida<strong>de</strong>, não dispensava uma boa briga i<strong>de</strong>ológica. Vivíamos o auge da ditadura<br />

militar e do terrorismo cultural por ela imposto com a imprensa sob censura<br />

e obrigada a sonegar informações ao cidadão. A princípio, meu esquerdismo<br />

da época me levou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a “revolução ver<strong>de</strong>”, simplesmente por se tratar<br />

<strong>de</strong> uma “revolução” e como tudo que tinha a palavra revolução era proibido, lá<br />

estava eu esbravejando a favor. Foi quando alguns colegas mais entendidos sobre<br />

o assunto, comunistas <strong>de</strong> carteirinha, tiveram a paciência <strong>de</strong> me explicar o que<br />

estava por traz daquela “revolução” e os interesses do gran<strong>de</strong> capital monopolista<br />

nela representados. Mu<strong>de</strong>i da água para o vinho. Da noite para o dia passei a<br />

<strong>de</strong>nunciar e a esbravejar contra aquela “tentativa <strong>de</strong> me enganar” e convidava os<br />

colegas a cerrar fileiras contra ela. Isso tudo até que novas polêmicas tomassem<br />

conta do ímpeto revolucionário do jovem classe-média que <strong>de</strong>scobria o mundo<br />

aos <strong>de</strong>zoito anos.<br />

85

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!