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aSPeCToS DeSTaCÁVeiS - Publicaciones - CAF

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A sexta edição do Relatório de Economia e Desenvolvimento (RED), chamado Disparidades<br />

regionais e desenvolvimento econômico local: para um novo protagonismo das cidades<br />

e regiões, busca contribuir com a análise dos fatores que afetam o desenvolvimento<br />

local e regional, assim como identificar opções de políticas públicas que, com<br />

uma forte participação dos governos e instituições subnacionais, tanto no desenho<br />

como na execução, permitam compatibilizar o crescimento econômico com o desenvolvimento<br />

balanceado dos territórios no interior dos países. Este relatório especial<br />

contém uma breve discussão dos principais temas abordados na publicação.<br />

Disparidades<br />

regionais e<br />

desenvolvimento<br />

econômico local.<br />

Para um novo<br />

protagonismo<br />

das cidades<br />

e regiões<br />

O objetivo do relatório é ressaltar o papel dos governos locais e regionais em moldar<br />

instituições e políticas para o desenvolvimento de seus territórios. A proximidade<br />

com os atores do processo produtivo e com as famílias diretamente beneficiadas pelos<br />

serviços públicos locais permite aos governos locais obter informação e capacidade<br />

de gerar acordos e consensos que podem transformar o processo de tomada de<br />

decisões públicas em muito mais eficiente e potencializar a resposta dos setores privados<br />

envolvidos. Neste sentido, o aprofundamento dos processos de descentralização<br />

ocorrido na América Latina, nos últimos 20 anos, aumentou o espaço dos governos<br />

subnacionais para estruturar estratégias de desenvolvimento local e regional.<br />

A evidência sobre os padrões de desenvolvimento territorial mostra a existência de<br />

importantes disparidades nos níveis de produção, lucro e bem-estar no interior dos<br />

países. Com exceção de alguns indicadores básicos de bem-estar (por exemplo,<br />

analfabetismo ou mortalidade infantil), estas falhas não mostram uma tendência definida<br />

de redução com o tempo. Por outro lado, observam-se casos de territórios e<br />

cidades-região que obtiveram sucesso no fomento da produtividade se suas empresas<br />

e indústrias e na qualidade de vida de seus habitantes. Em geral, este êxito foi<br />

menos associado a fatores exógenos da localização e região (clima, recursos naturais,<br />

proximidade de rodovias, entre outros). Outros fatores, de tipo endógeno, foram<br />

mais relevantes. Em particular, observa-se um esforço a nível local para melhorar a<br />

qualidade da mão de obra e educação da população (reserva de capital humano), para<br />

atrair investimento de empresas e indústrias pelo fomento de clusters e cadeias<br />

produtivas, tudo fortalecido pelo desenvolvimento de instituições e políticas públicas<br />

que não só provêem infraestrutura econômica e social como também facilitam o intercâmbio<br />

de idéias, a participação da população e a transparência na tomada de decisões<br />

coletivas.<br />

A análise dessas experiências apresentadas ao longo do livro sugere que uma boa<br />

estratégia de desenvolvimento local deve ser integral, isto é, atuar sobre todos os determinantes<br />

e, por sua vez, enfocar-se no território. É por isto que os governos subnacionais<br />

têm um papel primordial em seu desenho e gestão. Este papel não é necessariamente<br />

limitado pelas competências formais em matéria de gasto, impostos<br />

e regulamentação que o regime de descentralização tenha determinado, ainda que,<br />

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