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das estas correlações são significativas a 5% e o sinal sugere que os estados com<br />

maior renda são também os que tendem a ter melhores indicadores de bem-estar<br />

(menor analfabetismo e mortalidade infantil e maior expectativa de vida).<br />

Quadro 2. Correlação do PIB per capita<br />

e variáveis de desenvolvimento para países da mostra<br />

analfabetismo-PIB Mortalidade infantil-PIB Expectativa de vida-PIB<br />

País per cápita per cápita per cápita<br />

Argentina -0.5488* -0.4497* 0.1770<br />

Bolivia -0.7005* -0.6161* 0.6425*<br />

Brasil -0.7058* -0.5930* 0.7092*<br />

Chile -0.6267* -0.3537 -0.2700<br />

Colombia -0.7238* -0.1811 0.2263<br />

Perú -0.5617* -0.6091* 0.6362*<br />

* indica que a correlação é significativa a 5%.<br />

Fonte: organismos oficiais, cálculos próprios.<br />

Esta evidência é preocupante no sentido de que se as disparidades observadas no nível<br />

do PIB per capita e atividade econômica por região são reproduzidas nos indicadores<br />

de bem-estar e de acesso a serviços básicos, logo, o lugar ou região de nascimento<br />

de uma pessoa poderia condicionar, de forma persistente, seu nível de vida<br />

futura. Neste sentido, poderia ocorrer, por exemplo, que pessoas nascidas em regiões<br />

pobres enfrentariam dificuldades em conseguir melhores trabalhos ou níveis<br />

superiores de educação (acesso a universidade) ainda que migrando a outros estados<br />

ou cidades mais desenvolvidos pelo simples fato de ter recebido uma educação<br />

deficiente em seu estado de origem.<br />

Da análise de evidência apresentada anteriormente podemos concluir que a existência<br />

de disparidades na atividade econômica e na geração de riqueza no interior dos<br />

países é um fator característico na América Latina. Essas diferenças, em parte, resultam<br />

em disparidades em níveis de qualidade de vida e bem-estar básico (saúde e<br />

educação) entre cidades. O relatório mostra que algumas destas disparidades em<br />

bem-estar tenderam a se reduzir com o tempo, mas isso nem sempre ocorre quando<br />

se trata de serviços menos básicos (por exemplo, qualidade da educação secundária),<br />

onde as tecnologias de produção são mais complexas e requerem insumos e<br />

gestão local para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços. Isto é válido não só<br />

para os serviços que afetam a qualidade de vida das famílias de forma direta, senão<br />

também naqueles associados à atividade produtiva (infraestrutura, inovação, entre<br />

outros). É por isto que os governos subnacionais poderiam ter um papel potencialmente<br />

muito relevante para promover o desenvolvimento nas cidades e regiões. O<br />

desafio é, contudo, analisar quais são os fatores que determinam uma boa gestão local,<br />

que permita reduzir os diferenciais de produção, renda e qualidade de vida no interior<br />

dos países. Um esforço na identificação destes fatores e sua interação será<br />

desenvolvido a seguir.<br />

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