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aSPeCToS DeSTaCÁVeiS - Publicaciones - CAF

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calização das empresas. Estas decisões de localização determinam fluxos de investimento<br />

e acumulação de capital físico nas cidades, o que expande a produção e a<br />

renda regional. Claramente, dada à alta mobilidade (ex ante, ou seja, antes de se investir)<br />

de capital, esses investimentos não dependem de poupanças ou recursos disponíveis<br />

na região ou cidade per se, senão dos fluxos de investimento disponíveis em<br />

todo o país, o que inclui fundos provenientes de terceiros países.<br />

Agora, quando se quer indagar sobre a direção que as decisões de localização e investimento<br />

das empresas têm no território, um primeiro enfoque muito tradicional<br />

(também chamado neoclássico) é supor que existem retornos decrescentes de capital,<br />

motivo pelo qual em regiões e cidades com baixa adoção de capital já instalado o rendimento<br />

de novos investimentos será mais alto que naquelas mais desenvolvidas; isso<br />

pelo simples fato de que as primeiras terão mais oportunidades de expandir a produção<br />

de certos produtos por ter menos competência e a demanda de certos<br />

produtos e serviços estar menos coberta. Como se vê, esse tipo de raciocínio sugere<br />

que deveria se produzir um processo de convergência entre regiões e cidades onde<br />

aquelas mais atrasadas cresceriam mais rápido (mais empresas se instalariam e<br />

investiriam) comparadas com aquelas inicialmente mais desenvolvidas. Como se viu<br />

na seção anterior, isto não é precisamente a evidência que se encontra quando se<br />

analisa o desenvolvimento regional subnacional para uma mostra de países na<br />

América Latina. Ao contrário, observa-se certa tendência na concentração da produção<br />

e renda em certas regiões.<br />

Para explicar este padrão de concentração espacial da produção, do emprego e da<br />

aparente falta de convergência nos níveis de renda per capita subnacionais se requer<br />

então levantar o suposto neoclássico de rendimentos decrescentes em capital e na<br />

troca postular que, dentro de certa categoria, pode haver benefícios de aglomeração<br />

ou concentração da produção no território. Isto é precisamente o que postula o enfoque<br />

da chamada nova geografia econômica (Krugman, 1991).<br />

Sobre esse ponto de vista, a decisão das empresas de concentrar sua produção geograficamente<br />

e de se instalar junto a outras empresas do mesmo setor ou setores<br />

relacionados baseia-se na existência de economias de escala (internas à empresa e<br />

internas à indústria), diminuição de custo de transporte e de comércio de abastecimento<br />

a vários mercados de distinto tamanho e externalidades tecnológicas existentes<br />

(Duranton y Puga, 2004; Rosenthal y Strange, 2001).<br />

Como resposta ao aproveitamento das economias de escala e diminuição de custos<br />

de transporte, tanto de ter acesso a insumos como a venda final, as empresas têm incentivos<br />

ao concentrar a produção em poucas cidades próximas de outras empresas<br />

e/ou centros de consumo. Se essas economias de aglomeração se dão em sua maioria<br />

no interior das empresas e da indústria, a concentração da atividade econômica<br />

leva a uma especialização produtiva das regiões em poucos setores.<br />

Entretanto, existem também economias de aglomeração e externalidades intersetoriais,<br />

e a concentração territorial poderia ser acompanhada de certa diversificação<br />

dos padrões de produção. De qualquer forma, a concentração espacial da produção<br />

está associada a aumentos da produtividade e aumento de renda nos territórios onde<br />

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