GD 07 - UERN
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que já tem uma boa caminhada mais consolidada, enquanto outras, ainda estão distantes<br />
disso. O distanciamento de uma política para o cumprimento dos preceitos estabelecidos<br />
pela legislação quanto ao ingresso de professores através de concurso público e<br />
conseqüentemente com formação específica para a área, quanto à existência de uma<br />
proposta pedagógica e materiais didáticos, isto só para citar alguns. Ouve-se muito dos<br />
gestores e professores que afirmam com orgulho e até de certa forma, aliviados, por<br />
apresentarem a inclusão da filosofia nos PPPs das escolas, verificou-se que essa inclusão se<br />
dá, basicamente, pelo respaldo de garanti-la enquanto área de conhecimento, assegurando<br />
carga hor|ria, professor etc, sem, contudo, apresentar uma proposta de “como” se dar|<br />
essa inclusão, ficando assim a cargo do professor que assume a disciplina decidir sobre “o<br />
que” e “como ensinar”.<br />
Esses aspectos ainda mais preocupantes quando os dados demonstram que muitos<br />
desses professores não têm formação em filosofia (Geografia, Letras) ou está ainda em<br />
formação (Estagiários), o que talvez possa justificar a ausência de sentido e a rejeição pela<br />
disciplina demonstrada por alunos esses motivos e também apontada por Gallo (2008, p.<br />
34) quando afirma: “O desafio do professor de filosofia no Brasil [...] em inventar (sic) uma<br />
pr|tica de modo que o aprendizado de filosofia faça sentido para os jovens estudantes.”<br />
Embora vários autores da área defendam a impossibilidade da filosofia no nível<br />
médio, por razões diversas muitas delas identificadas na presente pesquisa: ausência de<br />
professores com formação na área, materiais didáticos, etc., a inclusão da filosofia nos<br />
espaços públicos e privados do ensino médio é uma realidade e exige um posicionamento<br />
por parte das instituições como secretarias de Educação dos Estados, tendo o potencial de<br />
formar os futuros profissionais para atuarem nas escolas públicas. No contexto atual da<br />
sociedade muitas são as transformações – tecnológicas, reorganização do mundo do<br />
trabalho, que impõem cada vez mais novas competências, sociedade virtual e os vários<br />
meios de comunicação – numa rapidez que torna impossível o acompanhamento desses<br />
aspectos em tempo real pelo sistema educativo, contudo interferem diretamente na escola<br />
e nos modos dos indivíduos se relacionarem com o conhecimento. Necessário se faz que<br />
não ignoremos esse desafio e que com base na realidade que vivenciamos no cotidiano, o<br />
desafio de pensar uma proposta para o ensino de filosofia no nível médio.<br />
O PCN+ (2006, p. 46) destaca que estabelecer o que o aluno deve conhecer e quais<br />
I Seminário Nacional do Ensino Médio<br />
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