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Ilustrações e inovações – os ícones<br />
metonímicos do local de diversão<br />
Deborah Philips<br />
Deborah Philips publicou sobre as narrativas da televisão, do carnaval e da ficção<br />
do pós-guerra e tem interesse particular de pesquisa nas convenções e estruturas<br />
das histórias empregadas na cultura popular e na vida cotidiana. Desenvolveu<br />
Grupos de Escrita Criativa em um hospital psiquiátrico e escreveu sobre o potencial<br />
terapêutico da escrita no contexto da saúde mental. Tem experiência em jornalismo<br />
e editoração, atua como escritora e foi editora da Women’s Review. Suas publicações<br />
recentes incluem: Writing Well: Creative Writing and Mental Health (com Debra<br />
Penman e Liz Linnington); Brave New Causes (com Ian Haywood) e Writing Romance:<br />
Women’s Fiction 1945-2005.<br />
d.philips@brighton.ac.uk<br />
O parque temático contemporâneo tem sido lido como a materialização do local<br />
pós-moderno; o uso de colagem, a justaposição de narrativas e imagens sem se<br />
respeitar as fronteiras da história e da geografia é frequentemente invocada como<br />
a característica duradoura da pós-modernidade. Para Jameson, “Disneyficação”<br />
(“Disneyfication”) é “outra palavra para a pós-modernidade e seu simulacro”<br />
(JAMESON, 2005, p. 215) 1 . Entretanto, os animadores empréstimo e reprodução<br />
das narrativas e imagens culturais “herdadas”, o que Jameson identifica como<br />
definidor da “pós-modernidade (ou capitalismo tardio)”, pode não ser um fenômeno<br />
exclusivamente pós-moderno. Enquanto novas tecnologias reprodutivas e a cultura<br />
global certamente ampliaram a velocidade e o escopo de uma iconografia cultural<br />
compartilhada, a reprodução repetida de histórias familiares e imagens não é um<br />
fenômeno pós-moderno ou nem mesmo um fenômeno moderno, mas sim um<br />
1 Ver BRYMAN (1995) para uma contagem do número de críticos pós-modernos que se preocuparam com os parques<br />
da Disney.<br />
Cadernos de Estudos Avançados em Design - design e humanismo - 2013 - p. 17-33<br />
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