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Ilustrações e inovações – os ícones metonímicos do local de diversão<br />

contos populares por décadas. Blocos de madeira e pratos de metal para gravações<br />

podiam ser comprados (ou pegados emprestado) por editores e serem feitos para<br />

acompanhar qualquer número de textos. Uma vez que o investimento em um<br />

conjunto de ilustrações e blocos gravados era feito, os editores o usavam uma e<br />

outra vez, algumas vezes comissionando o texto para se encaixar nas ilustrações.<br />

As imagens e histórias das folhas de baladas e folhetos foram amplamente aceitas<br />

e continuaram a circular em novas formas para tornarem-se convenções para um<br />

novo mercado de massa na cultura popular.<br />

Se o final do século XVIII viu o começo da indústria de revista e o estabelecimento<br />

de alguns títulos que permanecem conhecidos, foi o meio do século XIX que viu a<br />

explosão de histórias e imagens; Sillars descreve uma “maré cheia” de romances<br />

ilustrados durante a década de 1830. Para serem publicados em edição ilustrada,<br />

um romance ou um conjunto de histórias tinha que provar um sucesso popular. Esses<br />

romances ilustrados também eram publicados de forma serial, frequentemente nas<br />

mesmas revistas. Se livros ilustrados podiam ser inicialmente caros, a publicação<br />

parcial de livros ou coleções de histórias com ilustrações os tornou acessíveis a uma<br />

audiência muito mais ampla. Quem não podia pagar por um volume completo podia<br />

comprar histórias semanais ou capítulos, lançados com ilustrações. Tais edições, a<br />

maioria delas com, pelo menos, uma ilustração, estavam amplamente disponíveis<br />

a partir da década de 1840, muitas vezes vendidas em partes que custavam um<br />

centavo. As mais sensacionais histórias vendidas em volumes separados ficaram<br />

conhecidas como “Penny Dreadfuls” (as terríveis de um centavo) e promoviam seus<br />

conteúdos com terríveis ilustrações de capa. A Biblioteca de Fotos “de Romances<br />

Originais Completos de Autores Favoritos” ao preço de um centavo trouxe edições<br />

ilustradas de romances populares e literários a um escopo de preço acessível. Cada<br />

edição de centavo da Biblioteca de Fotos continha “uma linda imagem oleográfica”<br />

na capa; imagens publicadas com a expectativa de que os leitores colecionassem<br />

as séries, como apresentado no folheto de propaganda: “A Biblioteca de Fotos<br />

permitirá ao público formar um magnífico álbum de recortes de imagens muito<br />

bem acabadas” (Evanian Collection, Biblioteca Britânica).<br />

Parcelas seriais de ficção com ilustrações foram o que levaram um título a<br />

chegar a best seller. As ilustrações eram cruciais para o sucesso de um título; não<br />

Cadernos de Estudos Avançados em Design - design e humanismo - 2013 - p. 17-33<br />

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