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Futuro, bem-estar, interdependência: palavras-chave para o design contemporâneo<br />

qual se apresentam como elementos todas as informações, tais como os aspectos<br />

mercadológicos, sistema produto/design, sustentabilidade ambiental, as influências<br />

socioculturais, tipológico-formais e ergonômicas, tecnologias de produção e<br />

materiais. Em sua aplicação, o conceito de metaprojeto não demanda uma estrutura<br />

dependente de sequências lógicas, lineares e objetivas, pois os seus pontos-chave<br />

devem ser analisados de acordo com conteúdos e informações específicos de cada<br />

caso, seguindo a ordem definida pelo designer.<br />

Por outro lado, o design também deixa, cada vez mais, de ser considerado como<br />

uma atividade que opera somente no âmbito tecno-formal, passando a atuar por<br />

toda a constelação de valor que envolve o produto, inclusive nos âmbitos subjetivos<br />

e imateriais, redesenhando o seu próprio papel dentro da tradicional cadeia de<br />

valor nos moldes anteriormente determinados. Com isso, podemos então dizer que<br />

a rede ou constelação de valor é também objeto de design, isto é: uma estratégia<br />

projetável e de pré-concepção por parte dos designers que pensam o FUTURO e<br />

possibilitam novas INTEDEPENDÊNCIAS em busca do BEM-ESTAR.<br />

Nesse sentido, o conteúdo imaterial de um bem se torna também objeto<br />

de atenção por parte do design, ou seja: de conceituação e de projeto, pois na<br />

atualidade existem cada vez mais tecnologias disponíveis para a produção de<br />

objetos e sempre menos conceitos sólidos para concebê-los. Dentro dessa lógica<br />

apresentada, passa a ser também objeto de estudo pelo designer, além da forma,<br />

o serviço, a comunicação e o próprio ciclo de vida do produto. Concordamos com o<br />

que foi apontado por Simon Herbert (1996), que o design deve ser entendido como<br />

uma “ciência do artificial”. Assim, podemos colocar o design dentro da cultura do<br />

projeto destinado também a reconhecer e criar valores como os apontados por<br />

Richard Normann (2003), que vê no termo “valor” um sentido de interpretação<br />

mais ampliado, sugerindo inclusive uma possível “teoria do valor”. Segundo<br />

Normann (2003, p. 9): “pode-se refletir sobre valor em uma série de campos<br />

distintos: economia, justiça, estética, equidade social e ética”. Tudo isso nos leva<br />

a concluir que o designer deva operar considerando todo o arco da constelação<br />

de valor, mesmo nos âmbitos aparentemente mais distantes dessa atividade e de<br />

sua função percebível em primeiro plano.<br />

A constelação de valor é, portanto, uma ação multidisciplinar na qual estão<br />

Cadernos de Estudos Avançados em Design - design e humanismo - 2013 - p. 35-60<br />

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