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Guia Orientador de Boas Práticas para a Prevenção - Ordem dos ...

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26GUIA ORIENTADOR DE BOAS PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃODE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E COMPORTAMENTOS DA ESFERA SUICIDÁRIAsomáticas (Holkup, 2002; citado por NZGG, 2003).Valorizar a perceção e comportamento do indivíduo, que indiquem risco <strong>de</strong> suicídio,implica <strong>de</strong>senvolver esforços <strong>para</strong> realizar uma avaliação do risco <strong>de</strong> suicídio, documentaressa avaliação e envolver toda a equipa multidisciplinar na criação <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong>segurança <strong>de</strong>terminado pelo resultado da avaliação. Em caso <strong>de</strong> dúvidas acerca do risco<strong>de</strong> suicídio, o caso <strong>de</strong>ve ser discutido o mais rapidamente possível com os prestadores<strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> ou com os familiares do indivíduo (NZGG, 2003).Valorizar a perceção e comportamento do indivíduo implica ainda ser sensível e responsávelna avaliação <strong>dos</strong> fatores <strong>de</strong> risco envolvi<strong>dos</strong> em cada situação e que po<strong>de</strong>rãopotenciar o risco já avaliado.A literatura atual sugere que to<strong>dos</strong> os adolescentes com comportamentos da esfera suicidária<strong>de</strong>vem ter uma avaliação psiquiátrica. Cais (2011) afirma que o suicídio se dá nagran<strong>de</strong> maioria <strong>dos</strong> casos num estado <strong>de</strong> importante alteração mental, reversível na suagran<strong>de</strong> maioria das vezes quando corretamente abordado.Lutz e Warren (2007) afirmam que a manifestação do fenómeno <strong>de</strong>pressivo é um complexoe dinâmico processo biopsicossocial. Sem tratamento a<strong>de</strong>quado, a <strong>de</strong>pressão persistee po<strong>de</strong> ter efeitos negativos significativos sobre as vidas <strong>de</strong> jovens, incluindo umrisco aumentado <strong>de</strong> suicídio. Para estes autores, os enfermeiros especialistas em Enfermagem<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental e Psiquiátrica estão excecionalmente bem posiciona<strong>dos</strong> <strong>para</strong>abordar este problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Relativamente às questões relacionadas com a valorização / <strong>de</strong>svalorização do comportamentoda esfera suicidária por parte <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, salientamos que entreas recomendações <strong>para</strong> a prevenção do suicídio <strong>de</strong>finidas pela OMS (2000) se encontraem <strong>de</strong>staque o aumento da atenção entre profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>para</strong> as suas própriasatitu<strong>de</strong>s e preconceitos em relação à prevenção do suicídio e às doenças mentais.Avaliar um indivíduo que tenha adotado um comportamento da esfera suicidária é umaativida<strong>de</strong> complexa e multifacetada, dado que po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>spoletar, com frequência, sentimentose reações <strong>de</strong>sajustadas no profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Consi<strong>de</strong>rando os estu<strong>dos</strong> existentes sobre as atitu<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> faceao indivíduo com comportamentos da esfera suicidária, po<strong>de</strong>mos afirmar que são frequentementerelata<strong>dos</strong> comportamentos e atitu<strong>de</strong>s negativas, atribuí<strong>dos</strong> essencialmenteà insegurança e falta <strong>de</strong> conhecimentos, particularmente em contextos <strong>de</strong> urgência eemergência.No estudo realizado por Crawford et al. (2003) acerca do conhecimento e atitu<strong>de</strong>s<strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em relação à automutilação em adolescentes, constatamosque os profissionais geralmente têm níveis razoáveis <strong>de</strong> conhecimento sobre comportamentoauto<strong>de</strong>strutivo e uma atitu<strong>de</strong> positiva <strong>para</strong> este grupo. Apesar disso, a maioria<strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não tinham conhecimento que as pessoas com problemas socioeconómicose orientação homossexual tinham maior risco <strong>de</strong> comportamento auto<strong>de</strong>strutivoe quase meta<strong>de</strong> <strong>dos</strong> enfermeiros <strong>de</strong>sconheciam que os adolescentes que seautomutilam se encontram em maior risco <strong>de</strong> suicídio.

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