10.07.2015 Views

Guia Orientador de Boas Práticas para a Prevenção - Ordem dos ...

Guia Orientador de Boas Práticas para a Prevenção - Ordem dos ...

Guia Orientador de Boas Práticas para a Prevenção - Ordem dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

40GUIA ORIENTADOR DE BOAS PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃODE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E COMPORTAMENTOS DA ESFERA SUICIDÁRIAtermos <strong>de</strong> prevenção do suicídio <strong>de</strong> intervenções psicossociais realizadas em indivíduosapós uma tentativa <strong>de</strong> suicídio. Foram incluí<strong>dos</strong> nesta revisão 18 estu<strong>dos</strong> englobando3.918 sujeitos; ocorreram 18 suicídios nos grupos <strong>de</strong> intervenção e 19 nos grupos <strong>de</strong>controlo, o que não caracterizou uma diferença estatisticamente significativa.No entanto, Rudd (2007) questiona a valida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> acha<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Crawford, primeiramentepela inclusão na revisão <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> com protocolos muito questionáveis em termos <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> suicídio (como uma intervenção baseada em apenas dois telefonemas aoindivíduo que tentou o suicídio). As críticas surgem também por aquele autor ter inseridoestu<strong>dos</strong> com referencial teórico e metodologia muito distintas e ter misturado estu<strong>dos</strong>que lidavam com indivíduos que tentaram o suicídio com estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> intervenção emindivíduos que tinham cometido apenas autolesões sem <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> morte propriamentedita. Outra crítica que consi<strong>de</strong>ramos válida é que sem a inclusão <strong>dos</strong> 2.238 elementosdo estudo SUPRE-MISS (Estudo Multicêntrico <strong>de</strong> Intervenção no Comportamento Suicidada Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Fleischmann et al., 2008) esta revisão per<strong>de</strong>impacto.Intervir precocemente junto <strong>de</strong> adolescentes que adotaram um comportamento da esferasuicidária é fundamental dado que estes comportamentos são preditivos <strong>de</strong> um comportamentofuturo, com um risco <strong>de</strong> repetição acrescido nos três a seis meses seguintesao comportamento (Stanley et al., 2009). Adolescentes com perturbações <strong>de</strong>pressivase história <strong>de</strong> comportamento da esfera suicidária assumem-se como um grupo <strong>de</strong> riscoelevado quer <strong>para</strong> a repetição do comportamento, quer <strong>para</strong> o consumar do ato.No entanto, apesar da gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste problema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, não existem evidênciascientíficas que comprovem a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> psicoterapias <strong>para</strong> adolescentes, <strong>de</strong>forma isolada, nomeadamente no que diz respeito à redução do comportamento suicida.Wood et al. (2001) <strong>de</strong>senvolveram um estudo em que avaliaram a eficácia da terapia<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>para</strong> adolescentes com comportamentos da esfera suicidária(automutilação), usando, entre outras, a terapia da resolução <strong>de</strong> problemas, terapiacognitiva-comportamental, psicoterapia familiar <strong>de</strong> grupo e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> intervençãopsicossocial em torno <strong>de</strong> temas específicos, tais como os relacionamentos, problemasescolares e relacionamentos com os pares, problemas com a família, gestão <strong>de</strong> emoções,<strong>de</strong>pressão, <strong>de</strong>sesperança e sentimentos sobre o futuro, a adoção <strong>de</strong> comportamentos<strong>de</strong> automutilação, entre outros. Os autores concluíram que o tratamento experimentalproduziu uma redução nos episódios <strong>de</strong> comportamento da esfera suicidária, o intervalo<strong>de</strong> tempo entre a primeira repetição <strong>de</strong> comportamento também foi atrasado e ocorrerammelhorias no <strong>de</strong>sempenho escolar. No entanto, não se verificaram efeitos ao nívelda perturbação <strong>de</strong>pressiva, i<strong>de</strong>ação suicida ou no resultado global.Em contrapartida, num outro estudo realizado por Rotheram-Borus et al. (2001), nofollow-up aos 18 meses não se encontraram diferenças estatisticamente significativas nogrupo experimental e no grupo <strong>de</strong> controlo relativamente às taxas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ação suicida e<strong>de</strong> repetição do comportamento da esfera suicidária.Cutcliffe e Stevenson (2007), com um vasto percurso no âmbito do estudo das intervençõesque os enfermeiros <strong>de</strong>verão realizar na prática clínica no atendimento a indivíduos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!