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Guia Orientador de Boas Práticas para a Prevenção - Ordem dos ...

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isco acrescido <strong>de</strong> suicídio está também a presença <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ação suicida ou comportamentosuicidário recente acompanhada por alterações <strong>de</strong> comportamento com <strong>de</strong>sesperançagrave, impulsivida<strong>de</strong>, humor disfórico associado com transtorno bipolar, <strong>de</strong>pressão,psicose ou um transtorno por uso <strong>de</strong> substâncias. Por outro lado, a ausência <strong>de</strong> fatoresque indiquem alto risco, especialmente quando evi<strong>de</strong>nciado <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> receber ajuda eapoio familiar, sugere um menor risco, mas não necessariamente um baixo risco.Na presença <strong>de</strong> uma recente tentativa <strong>de</strong> suicídio, a ausência <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ação suicida atualpo<strong>de</strong> também ser enganosa se nenhum <strong>dos</strong> fatores que levaram à tentativa forem altera<strong>dos</strong>ou não se enten<strong>de</strong>rem as razões <strong>para</strong> a tentativa. A atuação <strong>de</strong>verá passar semprepela segurança na gestão do adolescente suicida. Um histórico <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> suicídio ea presença <strong>de</strong> transtorno mental são os maiores indicadores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> suicídio.Waldrop et al. (2007) estudaram fatores associa<strong>dos</strong> à i<strong>de</strong>ação suicida e à tentativa <strong>de</strong>suicídio entre adolescentes. A i<strong>de</strong>ação suicida foi positivamente associada ao sexo feminino,ida<strong>de</strong>, consumos <strong>de</strong> álcool e drogas na família, exposição à violência, <strong>de</strong>pressão etranstorno <strong>de</strong> stresse pós-traumático. As tentativas <strong>de</strong> suicídio foram associadas ao sexofeminino, ida<strong>de</strong>, abuso sexual e físico, abuso ou <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> substâncias, transtorno<strong>de</strong> stresse pós-traumático e <strong>de</strong>pressão.Joe e Bryant (2007) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a triagem <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> suicídio é um importante problema<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. A escola, enquanto lugar on<strong>de</strong> os adolescentes passam um consi<strong>de</strong>rávelnúmero <strong>de</strong> horas do seu dia, assume-se como um local importante <strong>para</strong> triagem<strong>de</strong> adolescentes em risco <strong>de</strong> adotar comportamentos suicidas. É também um localimportante <strong>para</strong> implementar programas <strong>de</strong> educação preventiva e <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco.Muitas escolas optam por não implementar estas estratégias com receio <strong>de</strong> aumentarpensamentos e comportamentos suicidas em adolescentes. No entanto, <strong>para</strong> estes autores,a pesquisa crescente sobre estas questões permite afirmar que a exposição atemas relaciona<strong>dos</strong> com o suicídio não incentiva as pessoas a consi<strong>de</strong>rar a tentativa <strong>de</strong>suicídio. Reforçando estas afirmações, Gould et al. (2005) conduziram um estudo controladorandomizado <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> rastreio <strong>de</strong> suicídio, com adolescentes <strong>dos</strong> 13aos 19 anos <strong>de</strong> seis escolas do ensino secundário <strong>de</strong> Nova Iorque, <strong>para</strong> <strong>de</strong>terminar se osadolescentes expostos a temas sobre comportamentos suicidários po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ari<strong>de</strong>ação suicida e / ou comportamento. Concluíram que não existem diferenças significativasentre o grupo experimental (alvo <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> triagem contendo questõesrelativas ao comportamento e à i<strong>de</strong>ação suicidas) e o grupo <strong>de</strong> controlo (alvo <strong>de</strong> umapesquisa <strong>de</strong> triagem sem questões relacionadas com a i<strong>de</strong>ação suicida).Apesar das inúmeras referências à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> prevençãonas escolas, po<strong>de</strong>mos constatar que muitos programas <strong>de</strong> rastreio <strong>de</strong> prevenção <strong>dos</strong>uicídio não foram avalia<strong>dos</strong> cientificamente e existem alguns com resulta<strong>dos</strong> contraditórios(Joe e Bryant, 2007).Aseltine e De Martino (2004) <strong>de</strong>senvolveram um programa <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> suicídio<strong>para</strong> adolescentes que se baseia no rastreio <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> suicídio, intitulado SOS. Esteprograma <strong>de</strong> prevenção inclui formação <strong>para</strong> aumentar a consciência acerca do suicídioe triagem <strong>para</strong> a <strong>de</strong>pressão e outros fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> suicídio. Os alunos são instruí<strong>dos</strong>35GUIA ORIENTADOR DE BOAS PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃODE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E COMPORTAMENTOS DA ESFERA SUICIDÁRIA

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