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Guia Orientador de Boas Práticas para a Prevenção - Ordem dos ...

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64GUIA ORIENTADOR DE BOAS PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃODE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E COMPORTAMENTOS DA ESFERA SUICIDÁRIAdoença mental através da apresentação <strong>de</strong> interpretações alternativas.Com populações-alvo diversificadas, existem inúmeras experiências <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>prevenção da <strong>de</strong>pressão e suicídio que têm como estratégias fulcrais <strong>de</strong> atuação o combateao estigma da doença mental, a <strong>de</strong>teção precoce <strong>de</strong> sinais e sintomas da <strong>de</strong>pressãoe <strong>dos</strong> fatores <strong>de</strong> risco do suicídio. Mittendorfer-Rutz et al. (2008) reforçam esta informação,salientando a <strong>de</strong>teção precoce e tratamento da <strong>de</strong>pressão como um importantefator <strong>de</strong> proteção.O programa <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> suicídio da Nova Zelândia 2006-2016 opta por um programa<strong>de</strong> treino e <strong>de</strong> educação que preten<strong>de</strong> promover a compreensão do suicídio e da<strong>de</strong>pressão, além <strong>de</strong> alertar <strong>para</strong> os fatores <strong>de</strong> risco. O programa está focado na <strong>de</strong>teçãoprecoce <strong>dos</strong> fatores <strong>de</strong> risco, implementação <strong>de</strong> estratégias e referenciação <strong>de</strong> pessoasna comunida<strong>de</strong> (gatekeepers). A inclusão <strong>de</strong> pessoas integradas na comunida<strong>de</strong> e comcompetências <strong>de</strong> comunicação é um objetivo importante <strong>de</strong>ste programa. Estas pessoasestariam próximas e em contacto, sendo capazes <strong>de</strong> influenciar as pessoas / comunida<strong>de</strong>a procurar ajuda. Outra componente neste programa inclui a formação e treino na <strong>de</strong>teção<strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco, sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e a perceção <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> suicídio.Mann et al. (2005) referem que a formação <strong>de</strong> gatekeepers po<strong>de</strong> assumir-se como umaestratégia eficaz <strong>para</strong> a prevenção do suicídio. Neste contexto, o gatekeeper seria a pessoacom formação específica que estabeleceria o primeiro contato com o potencial suicida,apoiando-o e encaminhando-o <strong>para</strong> tratamento (Paris, 2006). Stone et al. (2005)referem que a formação e o treino <strong>de</strong> gatekeepers capacitaria estes elementos <strong>para</strong> ai<strong>de</strong>ntificação e referenciação <strong>de</strong> pessoas em risco <strong>de</strong> suicídio pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> sinais<strong>de</strong> alarme e fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> suicídio.Tsai et al. (2010) apresentam a experiência <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> formação e treino <strong>de</strong>gatekeepers com a duração <strong>de</strong> 90 minutos, direcionado a 76 voluntários da comunida<strong>de</strong> –<strong>de</strong>nominado Suici<strong>de</strong> Awareness Program. Este programa tinha como objetivo aumentar oconhecimento acerca do suicídio e <strong>de</strong>pressão, fatores risco e sinais <strong>de</strong> alarme. Os resulta<strong>dos</strong>obti<strong>dos</strong> revelaram-se bastante positivos, uma vez que após a formação e treino osvoluntários foram capazes <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar com maior facilida<strong>de</strong> os sinais <strong>de</strong> alarme. Cerca<strong>de</strong> 80% <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong> adquiriram estratégias <strong>para</strong> encaminhar e aconselhar a procura<strong>de</strong> ajuda médica.King et al. (2006), num programa <strong>de</strong> prevenção que envolveu 1.019 alunos, incluírama formação <strong>de</strong> gatekeepers dirigida a alunos. O programa <strong>de</strong>u enfoque à i<strong>de</strong>ntificaçãoprecoce <strong>de</strong> sinais e à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajudar e encaminhar os colegas em risco <strong>de</strong> suicídio.Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> realçam que os jovens que tiveram acesso à formação específicaestavam mais aptos a i<strong>de</strong>ntificar colegas em risco, mais confiantes e competentes <strong>para</strong>prestar ajuda. Os autores realçam que o contacto com familiares ou colegas com comportamentossuicidas confere maior confiança na ajuda aos colegas.Façanha et al. (2010); Erse et al. (2010); Santos et al. (2011); Simões et al. (2011) <strong>de</strong>senvolveramo projeto <strong>de</strong> prevenção do suicídio na escola «+Contigo», dirigido aadolescentes, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Primários, professores erestante comunida<strong>de</strong> educativa, pais e encarrega<strong>dos</strong> <strong>de</strong> educação. No que se refere à

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