102 - Indústria QuímicaÀ espera do2º semestrePara a ArystaLifeScience, a boa fasenos campos brasileirosvem ocasionando umelevado crescimentoao segmento daindústria química.Notadamente, nasoperações orientadasao agronegócio, casoda companhia. “Osvolumes de negóciosrealizados e decargas transportadasrealmente cresceram.Já a elevação doscustos diminuiuas margens, o queexige ainda maiscompetitividade dosetor. Por enquanto,porém, não é possívelfalar sobre flutuaçãode demanda, jáque os volumescomercializadosno agronegóciose concentram nosegundo semestre”,explica o gerentede Planejamento eLogística da empresa,Wagner Cecilio daSilva.relativos aos produtostransportados, para que possaresponder adequadamentea situações de emergência”,diz. Ele ainda acrescenta:“É fundamental que omotorista conheça a legislaçãode produtos perigosos etenha plena consciênciade sua responsabilidade napreservação e proteção aomeio ambiente”.LINHA DE CORTESe, em outros tempos, o fatorcusto era o que orientava oembarcador, na hora de escolherum fornecedor de transportes,hoje a escolha é bem maiscriteriosa. No processo deapuração para o Prêmio Top doo setor químico dá a mesmaimportância à relação custo–benefício e ao nível de serviços,seguidos por capacidade denegociação, gestão de qualidadeinformações. Silva, da ArystaLifeScience, explica o motivo:“O foco anteriormente 100%direcionado ao custo deu lugara uma ‘linha de corte’ quesem nível de qualidade doserviço. É preciso considerar ono exercício dessa função. Issode nossas cargas e aos requisitosdemandados, associados a ummercado que reúne grandesplayers a disputar os mesmosclientes”.Para ele, nos dias atuais, alogística assumiu o papel deinstrumento de competitividadedentro da área química. “PorPRÉ-REQUISITOSCecilio faz coro com seucolega da CHT Brasil Química,ao esperar o máximo deempresas transportadoras.Tanto nos serviços oferecidosquanto (e especialmente) dosoperações. “Queremos pessoaltreinado e equipamentosadequados, associados apremissas operacionais elegais muito fortes, além deum relacionamento abertoe constante em busca desoluções conjuntas. Alguns prérequisitosde saúde e segurançatambém são imprescindíveis.Como é o caso da aplicaçãonos motoristas de examesperiódicos e suplementaresaos exigidos por lei, aferiçãosistemática dos tacógrafospara controle da velocidadee análise rígida dos discos sãoalguns pontos primordiais paraa sustentabilidade da atividade.”Na visão do gerenteda Arysta LifeScience,decididamente, a escolha deum transportador depende documprimento dos requisitosoperacionais – comorastreamento, lead timescompetitivos e informação– e das exigências de saúde,segurança e meio ambiente.“As operações efetuadas nestesetor devem ser feitas combase em uma grande variedadeespeciais. São necessáriostambém equipamentosespecialmente treinados.Além do curso MOPP(Movimentação de ProdutosPerigosos), o motorista deveLOGWEB 129 NOV/2012 www.logweb.com.br
Indústria Química - 103DiferencialcompetitivoUma das certificaçõesmais conhecidas dosetor químico para otransporte rodoviárioé o Sassmaq (Sistemade Avaliação, Saúde,Meio Ambiente eQualidade), quepossibilita avaliaro desempenho dasempresas que prestamserviços à indústriaquímica. A avaliaçãodas empresas éfeita por organismoscertificadoresindependentescredenciados pelaAbiquim. São avaliadosos “elementoscentrais”, compostospelos aspectosadministrativos,financeiros e sociaisda empresa, bemcomo os “elementosespecíficos”,constituídos pelosserviços oferecidose pela estruturaoperacional. Mesmonão sendo obrigatória,a avaliação Sassmaqvirou um diferencialcompetitivo entre asempresas e passoua ser adotada comoregra também paraos embarcadorescontratantes deserviços de transporte.O primeiro móduloa ser elaboradofoi justamente orodoviário, mas osistema contemplatambém questõesrelacionadas aestação de limpeza,transporte ferroviário,atendimento aemergências e outrosem implantação.No caso rodoviário,está dirigido atransportadoras eoperadoras logísticas.Em março de 2005ficou definido queas associadas àAbiquim, signatáriasdo Programa AtuaçãoResponsável,passariam a contratarunicamente empresasavaliadas peloSassmaq para otransporte rodoviáriode produtos químicosa granel. Desdejaneiro de 2006,esse compromissofoi estendido aotransporte rodoviáriode produtos químicosembalados.isso, é fundamental que ooperador logístico atue comsejam efetivamente rígidose medidos como forma dedesempenho. Redução de gastose desperdícios com retrabalhosdecorrentes de armazenagemdireto no desempenho globalcom a diminuição dos custosgerais da atividade.”Com efeito, a maiorsão a contribuição maisimportante das transportadorasda cadeia produtiva do setorda gerente de logística para aAmérica Latina da ChemturaIndústria Química do Brasil,Mônica V. Fanucchi. Ela alertapara o fato de que, mesmocom resultados positivos, aindústria química vem reagindoàs mudanças impostas pelomercado. “Atuamos nosmercados agroquímico equímico e 2012 tem sidoum ano extremamente difícilpor vários fatores.E destaco o aumento de cargasfracionadas e a concentraçãode faturamento nos últimosdias do mês, além do impactoda nova lei dos motoristassobre os prazos de entrega eo consequente aumento detarifas”, confessa. Mônicaacredita que tal situaçãodeve se manter, já que “ofracionamento de cargas e anova lei dos motoristas vieramquerem mais arcar com o custode inventário, que acaboutransferido para a indústria.A nova lei dos motoristasjá é realidade em outrospaíses, mas evidentemente astransportadoras não estavampreparadas, o que vemserviços prestados”, reclama agerente.SONHO DE CONSUMOCom a característica dofracionamento de cargas, aseleção de fornecedores deserviços de transportes levaem consideração critérioscomo preço, qualidade doserviço, atendimento àlegislação e prazo de entrega.Mônica alerta para o nívelde serviço prestado pelasempresas brasileiras: “Mesmotrabalhando com empresas“Top”, ainda há muito caminhoa ser percorrido, principalmentena troca de informaçõesvia EDI. O conhecimentoeletrônico melhorou um poucoa situação, mas trata-se deuma área que ainda podeser mais explorada. Nosso‘sonho de consumo’ seria quea empresa visse em nossosistema o faturamento do dia ejá enviasse os caminhões, semque tivéssemos de solicitar portelefone”, diz.Nelson A. Coelho Pereira,da Lumen Quimica, destacaque o transporte químico secaracteriza, principalmente,pela necessidade desegurança no deslocamentoda carga. “Até pouco tempoatrás, os caminhoneirosnão sabiam o produto queestavam transportando.Com a exigência de cursos,seminários e preparaçãoé possível tomar cuidadosbásicos com esta modalidadede transporte.” Segundo ele,nota-se também uma novapostura das empresas detransportes, que passaram ainvestir em uma logística maissustentável. “É isso o que seespera de um transportadorde carga química. De nadaadiantaria produzirmos comtodo o cuidado ambientalpara depois o transportador“jogar” a carga por aí sem omenor cuidado ou ‘aparato’necessário”, conclui.www.logweb.com.br NOV/2012 129 LOGWEB